Integrantes de uma quadrilha acusada de exportar cocaína para a Europa em contêineres foram presos nesta segunda-feira pela Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Até o final da tarde, os agentes já tinham cumprido 12 dos quinze mandados de prisão. De acordo com as investigações, que duraram cerca de 15 meses, havia envolvimento de funcionários do terminal de cargas do cais do porto do Rio, que eram responsáveis por colocar a droga dentro dos contêineres.
Os suspeitos também são acusados de facilitar a entrada no terminal de caminhoneiros, que faziam o transporte da cocaína.
Os líderes da quadrilha foram presos em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na zona oeste carioca. O casal levado pelos agentes é dono de uma empresa de exportação e importação, usada para movimentar a cocaína.
De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão a Drogas, Carlos Eduardo Thomé, parte das remessas era paga em bitcoins, moeda virtual que não circula fisicamente nem é regulada por bancos centrais. O objetivo era despistar as autoridades.
Segundo o chefe da Delegacia de Repressão a Drogas, essa modalidade de envio de droga para o exterior aumentou nos últimos anos.
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Os contêineres eram escolhidos de acordo com o destino da carga na Europa. O modo de agir da quadrilha envolvia até mesmo a falsificação de lacres, que eram substituídos durante as ações. Além disso, os criminosos tinham o mapa da localização e do destino dos contêineres nos portos.
Houve apreensões de cocaína em portos do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Bahia e Pernambuco. No exterior, foram realizadas apreensões na Bélgica, Itália e Espanha.
Outra forma de transportar a droga era por exportadoras e empresas de materiais de construção. Os investigados vão responder por tráfico transnacional de drogas e por associação para o tráfico. As penas podem chegar a 25 anos de reclusão. Por Agência Brasil.