A Microsoft é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, conhecida por seus softwares como o Windows, o Office e o Skype.
Mas a empresa também produz alguns dispositivos de hardware, como os notebooks e tablets da linha Surface, que são elogiados por sua qualidade e desempenho.
No entanto, os consumidores brasileiros não podem comprar esses produtos oficialmente no país, pois a Microsoft não os lançou por aqui. Mas por que isso acontece? Quais são os motivos que impedem a empresa de trazer a linha Surface para o Brasil?
Segundo alguns usuários do fórum Tecnoblog, um site especializado em tecnologia, existem vários fatores que dificultam a entrada da Microsoft no mercado brasileiro de notebooks e tablets. Alguns deles são:
- O preço alto que seria cobrado pelos produtos, que reduziria a demanda dos consumidores. Os produtos da linha Surface são considerados de alta qualidade e custo-benefício, mas também são caros em relação aos concorrentes. No site oficial da Microsoft, é possível ver que o modelo mais barato do Surface Laptop 4, por exemplo, custa US$ 999,99 (cerca de R$ 5.300 na cotação atual). Já o modelo mais caro do Surface Pro 7+, um tablet que pode ser usado como notebook, custa US$ 2.799,99 (cerca de R$ 14.800). Esses valores seriam ainda maiores se fossem convertidos para o real e acrescidos de impostos, taxas e lucros.
- A baixa produção e distribuição dos produtos, que tornaria difícil competir com outras marcas de notebooks e tablets. A Microsoft não possui fábricas próprias para produzir os dispositivos da linha Surface, mas terceiriza a fabricação para outras empresas. Isso significa que a empresa tem uma capacidade limitada de produção e distribuição dos produtos, o que pode gerar escassez e atrasos na entrega. Além disso, a Microsoft teria que enfrentar a concorrência de outras marcas já consolidadas no mercado brasileiro, como Dell, Lenovo, Samsung e Apple.
- O foco da Microsoft em outros segmentos de mercado, como o cloud computing e o software empresarial. A Microsoft é uma empresa diversificada, que atua em vários ramos da tecnologia. No entanto, alguns desses ramos são mais lucrativos e estratégicos do que outros. Um deles é o cloud computing, ou computação em nuvem, que consiste em oferecer serviços online de armazenamento, processamento e análise de dados. Outro é o software empresarial, que são programas voltados para as necessidades das organizações, como gestão, comunicação e segurança. Esses segmentos representam uma grande fonte de receita e crescimento para a Microsoft, que pode preferir investir neles do que em dispositivos de hardware.
- A complexidade do mercado brasileiro, que envolve impostos, logística e regulamentação. O Brasil é um país grande e diverso, com diferentes realidades econômicas, sociais e culturais. Isso implica em desafios para as empresas que querem atuar no país, como lidar com impostos elevados, infraestrutura precária, burocracia e legislação específica. A Microsoft teria que adaptar seus produtos às normas técnicas e fiscais do Brasil, além de garantir assistência técnica e pós-venda aos consumidores.
Diante desses fatores, a Microsoft pode ter optado por não trazer a linha Surface para o Brasil, pelo menos por enquanto. Isso não significa que os consumidores brasileiros não possam adquirir os produtos da empresa, mas sim que eles terão que recorrer a outras formas de compra, como importação ou revenda. No entanto, essas formas podem envolver riscos e custos adicionais.
Em uma resposta da comunidade Microsoft, um site onde os usuários podem tirar dúvidas sobre os produtos da empresa, é mencionado que a Microsoft só paga pelo envio dos produtos para endereços em países oficiais de lançamento, o que exclui o Brasil. Isso significa que se um consumidor brasileiro quiser comprar um produto da linha Surface pelo site da Microsoft, ele terá que fornecer um endereço em um dos países listados, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Japão ou Austrália. Além disso, ele terá que pagar pelo frete internacional, impostos de importação e eventuais taxas alfandegárias.
Outra forma de comprar os produtos da linha Surface no Brasil é através de revendedores, que são pessoas ou empresas que importam os produtos e os revendem no país. No entanto, essa forma também pode ter desvantagens, como preços mais altos, garantia limitada ou inexistente, dificuldade de assistência técnica e risco de falsificação ou defeito.
Portanto, os consumidores brasileiros que desejam ter um notebook ou tablet da linha Surface da Microsoft terão que pesar os prós e os contras de cada forma de compra, e decidir se vale a pena o investimento. Por enquanto, não há previsão de quando a Microsoft irá lançar os produtos oficialmente no Brasil.