Na península de Kamchatka submarinos russos simularam uma espécie de duelo. Ao comentar as manobras em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Aleksei Leonkov contou como, para ele, poderia se desenrolar a situação em condições de combate reais.
Os submarinos nucleares Vladimir Monomakh e Aleksandr Nevsky realizaram manobras na península de Kamchatka simulando um duelo, comunicou em coletiva de imprensa o chefe do Departamento de Informação do Distrito Militar Oriental para a Frota do Pacífico, capitão-de-fragata Nikolai Voskresensky.
“De acordo com o plano da preparação militar, o cruzador submarino nuclear estratégico Vladimir Monomakh, treinando ações do submarino inserido em agrupamento, efetuou busca e vigilância de um submarino do suposto inimigo. Do lado opositor esteve atuando outro cruzador estratégico — o Aleksandr Nevsky”, disse ele.
Conforme Voskresensky, as tripulações dos cruzadores estratégicos, “encenando uma situação de duelo”, efetuaram manobras de ataque e contra-ataque com uso de armas e meios hidroacústicos.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Aleksei Leonkov comentou estes exercícios.
“Treinamentos desse tipo com submarinos continuam atuais porque não se exclui que em sequência de algum conflito global ou local os submarinos possam se encontrar. Nesse caso, a única arma de luta destes submarinos são os torpedos”, disse o analista.
Ele acrescentou que se um dos submarinos atinge o outro, ele priva de fato o possível adversário de certas vantagens no combate futuro. Conforme Leonkov, exercícios desses são necessários tanto na Rússia como nos EUA.
Segundo ele, em circunstâncias reais durante a realização de tais “duelos” há algumas particularidades: “Os nossos submarinos do projeto Yasen têm um torpedo-míssil único que, ao contrário dos torpedos convencionais, supera a distância de 50 quilômetros até o submarino do inimigo hipotético com uma velocidade surpreendente.”
Leonkov ressaltou que o torpedo inicia o movimento debaixo d’água, supera a maior parte da distância pelo ar, atingindo velocidade até 3.000 km/h, e depois ataca do ar para a água. Os adversários da Rússia não têm tais armas. “Por isso, há mais chances que em um ‘duelo’ de submarinos vença o nosso submarino”, concluiu. Com informações da Sputnik Brasil