Os motoristas que abastecem com diesel vão sentir no bolso o impacto da reoneração do PIS/Cofins, que entra em vigor na próxima segunda-feira, dia 4 de setembro.
O imposto, que hoje está zerado, passará a ser de R$ 0,11 por litro, elevando o valor do diesel na bomba em 1,7%, segundo cálculos da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis).
O aumento do tributo foi anunciado pelo governo federal em julho, como parte do pacote de medidas para equilibrar as contas públicas. A reoneração do PIS/Cofins sobre o diesel estava prevista para começar em agosto, mas foi adiada por um mês após pressão dos caminhoneiros, que ameaçaram fazer uma nova greve nacional.
O preço do diesel já vem subindo há quatro semanas nos postos de todo o país, acompanhando a alta do petróleo no mercado internacional. Segundo o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas era de R$ 6,40 por litro na semana passada, um aumento de 1,9% em relação à semana anterior.
A Petrobras também reajustou o preço do diesel nas refinarias em meados de agosto, na primeira alta da gestão atual de Jean Paul Prates, que assumiu a presidência da estatal em maio. O valor médio do litro do diesel vendido pela empresa passou de R$ 2,81 para R$ 2,96, um aumento de 5,3%.
A Petrobras adotou uma nova política de preços em maio deste ano, após a saída de Roberto Castello Branco da presidência da companhia. A nova política leva em conta os custos internos de produção e os preços praticados pelos concorrentes no mercado interno, além da cotação internacional do petróleo e da taxa de câmbio.
No entanto, os preços praticados pela estatal ainda seguem defasados em relação ao mercado externo, segundo analistas. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a defasagem média do preço do diesel nas refinarias da Petrobras em relação ao preço no Golfo do México era de 13% na última sexta-feira.
O petróleo vem registrando uma forte valorização nos últimos meses, impulsionado pela recuperação da demanda global após a crise provocada pela pandemia de Covid-19. O barril do tipo Brent, referência internacional, fechou a sexta-feira cotado a US$ 72,70, uma alta de 41% desde o início do ano.
A alta do preço do diesel afeta diretamente os custos dos transportes rodoviários, que representam cerca de 60% da matriz de transporte brasileira. O aumento do combustível pode ter impactos na inflação e na competitividade dos produtos nacionais.
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