O astro da música americana, Prince, sempre foi conhecido por proteger agressivamente os direitos autorais de suas canções. Mesmo após a sua morte, parece que os detentores de direitos de suas obras continuam a defender a vontade do cantor: eles exigiram que um vídeo de um tributo a “Purple Rain”, seu maior sucesso, de 1984, fosse removido das redes sociais.
Um fotojornalista do Star Tribune, um diário local de Minneapolis, cidade natal do músico falecido em abril de 2016, postou no Twitter um vídeo de fãs cantando em uníssono na rua esse clássico da obra de Prince no dia da morte do ídolo pop. O material, que havia sido retweetado 13.500 vezes, recentemente desapareceu.
O jornalista Aaron Lavinsky explicou que a gravadora Universal Music, dona dos direitos autorais das canções de Prince, ordenou que ele removesse o vídeo.
A Universal citou o Digital Millennium Copyright Act, uma lei controversa de 1998 que é “uma ferramenta importante para os artistas protegerem sua propriedade intelectual na internet”, observou Aaron Lavinsky no Twitter. “Porém, uma grande empresa abusar do sistema para remover um vídeo filmado por um fotógrafo de jornal não está certo”, acrescentou.
Questionada sobre o assunto pela Agência France Press, a Universal não respondeu.
Aclamado pelos críticos, que elogiam seu trabalho pela versatilidade em compor, tocar, cantar e dançar, e pelas performances descritas como sendo extraordinárias, Prince é considerado uma das maiores estrelas da música pop de todos os tempos.
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Proibição de vídeos de fãs
Prince guardou zelosamente a distribuição de seus trabalhos online durante toda a sua carreira, incluindo a exigência, por parte de sua equipe, da remoção de vídeos feitos durante seus shows ou covers de suas músicas.
A Universal já havia pedido, em 2007, que uma dona de casa removesse do YouTube um vídeo de 30 segundos de seu filho dançando no canal “Let’s Go Crazy” de Prince.
O caso foi parar no Tribunal de Apelações dos EUA. A Universal firmou um acordo com a mãe da criança, Stephanie Lenz, fora dos tribunais no mês passado. O vídeo, apelidado de “Dancing Boy”, permanece no YouTube, onde foi visto quase dois milhões de vezes.