O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu suspender suas atividades oficiais no estado do Rio de Janeiro em decorrência do sério ataque sofrido mais cedo pelo candidato à presidência pelo Partido Social Liberal (PSL) Jair Bolsonaro, segundo informou uma fonte do PSOL à Sputnik Brasil.
De acordo com a fonte, que preferiu não ser identificada, a decisão seria mais uma espécie de medida de respeito ao deputado federal. No entanto, informações reproduzidas pelos Jornalistas Livres dão conta de que o objetivo de evitar embates com militantes de Bolsonaro também estaria entre as razões para a suspensão das agendas de campanha.
PSOL decide suspender hoje agendas da campanha majoritária no RJ. O Partido orienta militância a defender o ambiente democrático e repudiar ataque a Bolsonaro. Banquinhas de panfletagem serão recolhidas temporariamente para evitar embate com a militância do candidato do PSL
— Jornalistas Livres (@J_LIVRES) September 6, 2018
Na tarde desta quinta-feira, o candidato do PSL à presidência foi vítima de um atentado com faca durante um ato político na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele foi levado às pressas para um hospital da região, onde precisou passar por uma operação devido aos ferimentos provocados pela facada, que atingiu o seu abdômen. O seu estado é estável.
O responsável pelo ataque, identificado como Adélio Bispo de Oliveira, foi imediatamente detido. De acordo com informações oficiais, no passado, ele teria sido filiado ao PSOL e teria passagem pela polícia por lesão corporal. Os motivos específicos para a agressão a Bolsonaro, entretanto, ainda estão sendo apurados.
Em nota, o PSOL condenou o atentado a Jair Bolsonaro, dizendo esperar das autoridades competentes as medidas cabíveis contra o autor do crime.
“A agressão sofrida pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro, configura um grave atentado à normalidade democrática e ao processo eleitoral. Nosso partido tem denunciado a escalada de violência e intolerância que contaminaram o ambiente político nos últimos anos. Por isso, não podemos nos calar diante deste fato grave”, afirmou o partido em seu comunicado.