Agora é lei: canudo de plástico está proibido. A regra, publicada nesta quarta-feira (26) no Diário Oficial, só entra em vigor mesmo daqui a 180 dias, mas os comerciantes já precisam se adequar e optar por canudos de materiais alternativos, como metal, bambu ou até materiais comestíveis como macarrão, açúcar ou amido de milho.
E o descumprimento da lei pode pesar no bolso. A multa vai de R$ 1 mil até R$ 8 mil e pode até resultar no fechamento do estabelecimento.
Antonio Rezende, dono de uma cafeteria na zona oeste de São Paulo, apoia a medida e já adota o uso de canudos biodegradáveis em seu estabelecimento, mas cobra maior investimento em campanhas de educação e conscientização ambiental.
A capital paulista faz parte do crescente número de cidades do país que começam a abolir o canudo plástico. Praticamente todas as capitais têm projetos de lei sobre o assunto. No Rio de Janeiro, Porto Alegre e Teresina, por exemplo, já é lei.
No caso de São Paulo, não é só o canudo que pode ser proibido não. Novas restrições ao uso de plásticos, de modo geral, podem surgir. É que a prefeitura assinou, em março deste ano, o Compromisso Global da Nova Economia de Plástico, da ONU, para eliminar o uso desnecessário de plástico e aumentar as iniciativas de reciclagem desse material.
Segundo estimativas da organização não governamental WWF de março deste ano, mais de 109 milhões de toneladas de plástico irão poluir os ecossistemas até 2030.
Além da capital, são signatários os governos do Chile, Peru e a União Europeia. Também são signatárias empresas multinacionais que representam 20% da produção do plástico no mundo. Em março deste ano, a União Europeia decidiu banir o uso de canudos e outros produtos plásticos até 2021.