Diferentemente dos EUA e da Rússia, o Reino Unido não é propriamente tão conhecido por suas proezas na exploração do espaço.
Porém, um iminente projeto do governo do Reino Unido com o objetivo de procurar vida extraterrestre pode mudar sua fama.
A Agência Espacial britânica deverá investir £ 25 milhões (R$ 127 milhões) em um projeto direcionado à procura de possíveis planetas parecidos com a Terra que podem abrigar vida, segundo o jornal Telegraph.
O ministro da Ciência britânico, Chris Skidmore, revelará mais detalhes da iniciativa, apoiada pelo governo, para lançar um “observatório espacial” com o objetivo de procurar “exoplanetas rochosos que orbitem a uma distância perfeita de seu próprio sol, dando à vida uma chance de lutar”.
A missão será chamada de “Plato” e, segundo o jornal Telegraph, irá instalar 26 pequenos telescópios e câmeras que analisarão mais de um milhão de sistemas estelares próximos à Terra.
Os cientistas procurarão por perdas repentinas de brilho de uma estrela, o que poderia sugerir que essa estrela seria orbitada por um planeta.
Caso o planeta seja mais tarde detectado, os cientistas analisarão se ele está dentro da parte de um sistema solar que é suficientemente hospitaleira em termos de temperatura para permitir a formação de água.
A parte final da pesquisa será para os cientistas analisarem e estudarem a composição química da atmosfera do planeta, observando a presença de gases como o metano que podem indicar a existência de vida na superfície do planeta.
Skidmore foi citado dizendo que “o trabalho para descobrir planetas parecidos com a Terra em torno de outras estrelas pode mais tarde responder à questão sobre a existência de vida extraterrestre”.
Vale ressaltar que até agora os astrônomos descobriram aproximadamente 3.000 planetas além do Sistema Solar da Terra, mas é preciso encontrar algum que seja semelhante à Terra em termos de tamanho e distância a partir de seu sol, o que será fundamental para abrigar vida.
Com relação ao novo observatório britânico, está previsto que ele fique pronto até 2026 e seja capaz de procurar por novos planetas e sinais de vida.
O professor Dan Pollacco, da Universidade de Warwick no Reino Unido e que trabalhará no projeto das câmeras que serão utilizadas, afirmou que “estes planetas estarão suficientemente próximos para facilitar uma busca histórica por sinais de vida em suas atmosferas utilizando a próxima geração de grandes telescópios. Começaremos a entender pela primeira vez se existe vida fora do nosso Sistema Solar”.