Apresentamos um resumo do que aconteceu neste dia na CPI da Covid: A comissão ouviu nesta quinta-feira (27) o depoimento de Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Segundo ele, o Brasil poderia ter sido o 1º país a vacinar.
“Em julho, fizemos a primeira oferta de vacinas ao Ministério da Saúde. Ofertamos 60 milhões de doses”.
O diretor do Butantan também disse à CPI que em nenhum momento recebeu um ofício cancelando a compra de 100 milhões de doses, como combinado com o então ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Contudo, o compromisso só foi firmado em janeiro deste ano.
Ele destacou ainda que antes das declarações anti-China do governo federal, os problemas eram resolvidos em 15 dias e agora duram um mês. Covas lembrou que a China é a maior produtora de insumos para fabricação de vacinas e que o embaixador do país no Brasil já deixou claro que as posições antagônicas causam desconforto aos chineses.
O diretor do Instituto Butantan, afirmou que a demora de três meses do governo federal para assinar o contrato da CoronaVac impediu que 100 milhões de doses fossem entregues até maio deste ano. Ele apresentou à CPI da Pandemia o acordo oferecido ao Ministério da Saúde em 7 de outubro. Uma versão parcial do documento só foi assinada em janeiro e atualizada em fevereiro.
Na visão dele, atritos com a China impactam na obtenção de insumos. A produção da CoronaVac chegou parar e foi retomada nesta quinta.
Dimas Covas desmentiu Pazuello ao dizer que as falas de Bolsonaro atrasara, sim, negociações da CoronaVac.
‘Questionar o Butantan significa questionar a saúde pública brasileira’, disse ele.
Ao final do depoimento, perguntado se o governo federal atuou para estimular a produção de vacinas no Brasil, Covas respondeu: No caso do Butantan, especificamente para essa vacina [CoronaVac], não.
O senador Renan Calheiros disse que o conteúdo do depoimento de Dimas Covas foi o mais grave até agora.
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