Apresentamos um resumo do que aconteceu neste dia na CPI da Covid: O ex-secretário de comunicação do governo federal, Fabio Wajngarten, foi o quinto a ser ouvido na CPI. Ele mentiu ao falar sobre uma entrevista que deu à revista Veja. Segundo a publicação, Wajngarten declarou que as vacinas não tinham sido compradas antes por incompetência e ineficiência do Ministério da Saúde. Hoje, na reunião, ele negou que tenha dito essas palavras.
A revista Veja então divulgou um trecho do áudio da entrevista desmentindo Wajngarten.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a pedir oficialmente a prisão de Wajngarten.
Com a situação cada vez mais complicada para Wajngarten, o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que não é integrante da CPI, apareceu na reunião e pediu a palavra.
“Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como Renan Calheiros. Olha a desmoralização”, disse Flávio Bolsonaro, que é filho do presidente da república.
Houve um bate-boca e o presidente da CPI, o senador Omar Aziz, suspendeu a reunião.
Sobre o vídeo com o slogan ‘o Brasil não pode parar’ que foi veiculado em março de 2020 para estimular o fim das medidas de isolamento, Wajngarten disse que não lembra as circunstâncias em que a peça foi criada. Ele afirmou ainda que não sabe se o vídeo foi criado pela própria Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) ou apenas compartilhado em perfis do governo.
A denúncia sobre a omissão de Pazuello consta numa carta enviada a Bolsonaro pelo CEO da Pfizer, Albert Boula, em 12 de setembro de 2020. Wajngarten confirmou que o governo demorou a responder a carta por dois meses. Para a CPI da Covid, a carta deixa claro que o governo foi “omisso” e “falhou” na compra dos imunizantes.
“Apresentamos uma proposta ao Ministério da Saúde do Brasil para fornecer nossa potencial vacina que poderia proteger milhões de brasileiros, mas até o momento não recebemos uma resposta”, diz o documento.
Wajngarten negou que a Secretaria de Comunicação do governo tenha investido em blogs e sites de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Durante depoimento, ele disse garantir que durante a sua gestão “nenhum blog nem nenhum site foi contemplado com nenhum real de forma direta da Secom”.
A CPI acatou o pedido do senador Humberto Costa (PT-PE) para enviar o depoimento de Fabio Wajngarten ao Ministério Público com o intuito de verificar se ele mentiu.
Por fim, o senador Omar Aziz disse que Wajngarten “não ficou bem com ninguém” com seu depoimento. “Não agradou o governo, não agradou ninguém”, disse o senador.
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