A inversão dos polos magnéticos do planeta, um fenômeno que poderia eventualmente privar nosso mundo quase por completo da proteção da radiação cósmica e resultar em consequências imprevisíveis, segundo relatou a revista PNAS divulgando o estudo de uma equipe internacional da Austrália, China e Taiwan
Depois de analisar as antigas excrescências rochosas de cavernas no sul da China, os pesquisadores também descobriram que a polaridade do planeta pode mudar muito mais rápido do que se previa.
Previamente, diferentes estudos científicos mostraram que ao longo da existência da Terra os polos magnéticos foram invertidos várias vezes, com ao menos uma inversão completa há cerca de 773 mil anos.
Por meio da análise magnética e datação radiométrica, os cientistas conseguiram rastrear a história geomagnética do planeta ao longo de um período de 16 mil anos. O novo estudo mostrou que, há 98 mil anos, a polaridade foi invertida durante apenas alguns séculos, o que é 30 vezes mais rápido do que se pensava anteriormente.
Além disso, a equipe observou que a força do campo magnético da Terra, que atua como um protetor contra a radiação do espaço diminuiu quase 10 vezes quando ocorreram essas mudanças na polaridade magnética.
“A radiação pode danificar as células, causar câncer e ‘fritar’ circuitos eletrônicos e redes elétricas”, disse a jornalista científica Alanna Mitchell em entrevista ao site Business Insider, acrescentando que o maior risco de alta radiação seria para aviões e outros voos.
Entretanto, os geólogos que realizaram a pesquisa publicada na PNAS estimam que essa mudança drástica não ocorra em curto prazo e sustentam que a humanidade terá tempo para se preparar para a próxima reversão do eixo magnético.