A vice-presidente de missões, operações e compras do consórcio europeu Arianespace, Luce Fabreguettes, informou que o lançamento do satélite “espião” militar falhou dois minutos após a decolagem, desviando-se da rota e caindo no oceano Atlântico.
“Cerca de dois minutos após a decolagem […] uma grande anomalia frustrou a missão”, disse Fabreguettes.
Nas imagens é possível ver que, imediatamente após o lançamento, ocorrido às 22h53 de 10 de julho da hora local (mesmo horário em Brasília) do Cosmódromo de Kourou na Guiana Francesa, a trajetória do foguete gradualmente começa a mudar.
An Arianespace Vega launch vehicle (Flight VV15) launched the FalconEye1 Earth observation satellite from the Vega Launch Complex (SLV) in Kourou, French Guiana, on 11 July 2019, at 01:53:03 UTC (10 July, at 22:53:03 local time).
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— m7mds91 (@m7mds91) 11 de julho de 2019
Um veículo de lançamento Vega da Arianespace (voo VV15) lançou o satélite de observação da Terra FalconEye1, do Complexo de Lançamento dos Vega (SLV) em Kourou, Guiana Francesa, em 11 de julho de 2019, às 01:53:03 UTC (10 de julho, às 22:53:03 hora local)
Luce Fabreguettes, vice-presidente da Arianespace, uma das principais empresas que oferecem serviços de lançamento de satélites, pediu desculpas aos clientes pela perda do aparelho. Ela acrescentou que o consórcio fornecerá detalhes do acidente depois de analisar o que aconteceu.
O lançamento do satélite Falcon Eye havia sido adiado duas vezes devido ao mau tempo.
Metas do programa espacial
O Falcon Eye seria o décimo satélite dos Emirados Árabes Unidos em órbita terrestre. Até 2020, o país planeja expandir a sua frota orbital para 12 satélites.
Em outubro passado, os Emirados Árabes Unidos lançaram o satélite de observação da Terra KhalifaSat, da base espacial de Tanegashima, no Japão.
O ambicioso programa espacial da monarquia árabe inclui igualmente o envio de seu primeiro astronauta para a Estação Espacial Internacional (EEI), a bordo de uma nave russa Soyuz em setembro, bem como o lançamento de uma sonda em direção a Marte em 2020.