As primeiras medições dos satélites em miniatura, SiriusSat-1 e SiriusSat-2, desenvolvidos por estudantes russos, registraram uma elevada radiação ao passarem pela América do Sul, relatou a empresa Sputnix que fabrica componentes para os CubeSat (satélites miniaturizados usados para pesquisas espaciais e comunicações radioamadoras).
“Os detectores de partículas carregadas e raios gama instalados em satélites permitem estudar as rápidas flutuações dos fluxos de elétrons na fronteira do cinturão de radiação externa [Cinturão de Van Allen] e na fronteira da Anomalia Magnética do Atlântico Sul”, disse Vitaly Bogomolov, cientista e desenvolvedor dos detectores.
A Anomalia Magnética do Atlântico Sul é uma área do Chile ao Zimbábue, na qual o campo magnético da Terra se enfraquece tornando a radiação mais alta do que em outras regiões.
Os cosmonautas russos, Oleg Artemiev e Sergei Prokopiev da Estação Espacial Internacional (EEI), lançaram dois satélites para fora da plataforma orbital no dia 15 de agosto.
A empresa Sputnix disse que está prevista a participação de estudantes da Universidade Estatal de Moscou na análise dos dados enviados por satélites que operarão entre três meses a um ano e meio.