Durante o mês passado, perto da caldeira de Yellowstone, mais conhecida como o supervulcão de Yellowstone, situado no noroeste do estado norte-americano de Wyoming, se registraram no total 63 terramotos. Mesmo com a magnitude do mais forte sendo de apenas 2,6 na escala de Richter, alguns investigadores alertam que o que preocupa não é a potência, mas sim a quantidade.
Uma sequência de abalos fracos nos arredores do vulcão poderia ser um indício da sua próxima erupção, destaca Scott Burns, professor de geologia da Universidade de Portland, no estado de Oregon, entrevistado pelo Daily Express. “Se há abalos sísmicos por baixo de um vulcão ativo, existe a hipótese que a magma está se movendo por baixo”, disse cientista.
Segundo Robert B. Smith, professor de geologia e geofísica da Universidade de Utah, a explosão do supervulcão levaria a uma “devastação completa e inimaginável” e cobriria de cinza toda a zona oeste dos EUA. A nuvem de cinzas seria tão densa que impediria a circulação do transporte aéreo e traria problemas com o fornecimento mundial de alimentos.
No entanto, outros cientistas desmentem a teoria da próxima erupção da caldeira, que tem provocado tantos receios. Jamie Farrell, doutorado em geofísica pela Universidade de Utah, lembra que os abalos são bastante comuns nos arredores de Yellowstone e são parte do seu ciclo natural.
A última erupção da caldeira ocorreu há 700.000 anos e os especialistas estimam que a erupção se repete a cada milhão de anos.
No verão de 2017 se registraram em três meses mais de 2.500 terramotos no Parque Nacional de Yellowstone, uma das sequências sísmicas mais prolongadas da história da caldeira. A maioria dos sismos foram muito fracos, mas alguns foram sentidos no parque, incluindo o mais forte de magnitude 4,4 na escala de Richter.