Imagine estar a 400 quilômetros de altura, orbitando a Terra a bordo de uma estação espacial, e descobrir que seu país não existe mais.
Foi o que aconteceu com Sergei Krikalev, um cosmonauta russo que ficou conhecido como “o último cidadão soviético”.
Em maio de 1991, ele partiu para uma missão de cinco meses na estação Mir, um símbolo do poder espacial da URSS. Mas enquanto ele realizava experimentos e reparos na estação, em solo a situação política se deteriorava rapidamente. Em agosto, houve uma tentativa de golpe contra o presidente Mikhail Gorbachev, que tentava reformar o país com sua política de “Perestroika”.
Em dezembro, as repúblicas que formavam a União Soviética declararam sua independência e Gorbachev renunciou ao cargo. A URSS deixou de existir oficialmente em 26 de dezembro de 1991. Krikalev, que deveria ter voltado em outubro, ficou preso no espaço por falta de recursos e de uma nave para buscá-lo. Ele só retornou à Terra em março de 1992, depois de passar 311 dias no espaço.
Ele saiu como soviético e voltou como russo. Durante esse tempo, ele teve que lidar com os efeitos físicos e psicológicos de estar tanto tempo longe de casa e sem saber o que o esperava. Ele também teve que conviver com diferentes colegas que foram e voltaram da estação. Apesar das dificuldades, ele nunca perdeu o ânimo e a paixão pelo espaço.
Depois dessa missão, ele ainda foi ao espaço outras cinco vezes, participando de programas da NASA e da Estação Espacial Internacional. Ele se tornou um dos humanos com mais tempo acumulado no espaço: 803 dias, 9 horas e 39 minutos.
Ele se aposentou como cosmonauta em 2009 e atualmente é diretor do Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin.
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