O Juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou mais uma denúncia contra o ex-governador do estado Sérgio Cabral, que virou réu pela 26ª vez no âmbito da Operação Lava Jato.
Desta vez, ele é acusado de lavagem de dinheiro, em ação que é um desdobramento das operações Calicute e Eficiência, que apuram um esquema de corrupção no âmbito do governo do estado do Rio, que seria liderado por Cabral.
Além do ex-governador, também são réus no processo a ex-primeira dama, Adriana Ancelmo; o ex-sócio dela em um escritório de advocacia, Thiago de Aragão Gonçalves Pereira e Silva; e o empresário Ítalo Garritano Barros.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal, Cabral usou a rede de restaurantes Japoneses Manekineko para fazer a lavagem de parte do dinheiro desviado por sua quadrilha. Para isso, a rede Manekineko emitia notas fiscais falsas, relativas à prestação de serviços advocatícios inexistentes, pelo escritório de Adriana Ancelmo.
Ainda segundo a denúncia, o esquema foi utilizado em pelo menos 16 oportunidades distintas, em um período de dois anos, para lavar R$ 3,1 milhões de origem ilícita.
A reportagem procurou a defesa dos envolvidos e a rede de restaurantes Manekineko para se manifestarem sobre o caso, mas não obteve contato com nenhum deles até o fechamento da matéria.