Você sabia que as ondas de rádio que emitimos há mais de 100 anos já chegaram a 75 sistemas estelares que também podem observar a Terra passando na frente do Sol? Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Nature, que usou dados da missão Gaia da Agência Espacial Europeia para mapear as…
Os pesquisadores Lisa Kaltenegger, da Universidade Cornell, e Jackie Faherty, do Museu Americano de História Natural, calcularam o tamanho da esfera que os nossos sinais de rádio cobriram desde que saíram da Terra e contaram as estrelas que ficam dentro dela. Eles também determinaram quais dessas estrelas poderiam ver a Terra transitando o Sol, ou seja, passando na frente dele como um pequeno ponto escuro.
Esse fenômeno é usado pelos astrônomos para detectar exoplanetas, ou planetas fora do Sistema Solar, e também para estudar suas atmosferas em busca de sinais de vida. Por isso, saber quais estrelas podem ver a Terra transitando o Sol é importante para avaliar as chances de sermos observados por civilizações alienígenas.
O estudo revelou que 1.715 estrelas dentro de 100 parsecs (cerca de 326 anos-luz) do Sol estão na posição certa para terem visto a vida em uma Terra transitante desde o início da civilização humana (cerca de 5 mil anos atrás), com mais 319 estrelas entrando nessa posição especial nos próximos 5 mil anos. Entre essas estrelas, há sete que já têm exoplanetas conhecidos, incluindo Ross-128, que viu a Terra transitar o Sol no passado, e Teegarden’s Star e Trappist-1, que começarão a ver isso em 29 e 1.642 anos, respectivamente.
Os pesquisadores também identificaram um subconjunto de 75 estrelas localizadas em uma esfera de 30 parsecs (cerca de 98 anos-luz), que os sinais de rádio da Terra já alcançaram. Essas estrelas são as mais próximas candidatas a receberem uma mensagem nossa ou a enviarem uma resposta.
O estudo mostra que há uma grande diversidade entre as 2.034 estrelas que entram ou saem da zona de trânsito da Terra ao longo de 10 mil anos. Há desde anãs vermelhas frias até gigantes azuis quentes, passando por anãs brancas e marrons. A maioria delas são estrelas do tipo M, como Trappist-1, que têm uma longa vida útil e podem abrigar planetas rochosos na zona habitável.
Os autores do estudo esperam que seu trabalho estimule novas pesquisas sobre essas estrelas e seus possíveis planetas, tanto para buscar sinais de vida quanto para entender melhor o nosso ambiente galáctico. Eles também sugerem que essas estrelas sejam alvo de programas de busca por inteligência extraterrestre (SETI), que tentam captar sinais artificiais vindos do espaço.
Fonte: Link.
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