Na segunda-feira (27) a NASA pousou com sucesso a espaçonave InSight na superfície de Marte. A intrépida espaçonave sobreviveu a “sete minutos de terror” durante a descida e pousou suavemente na superfície empoeirada do planeta vermelho.
Apesar de ter desembarcado com sucesso algumas espaçonaves em Marte, as chances disso ter dado certo foram muito baixas – menos de 40%. Marte tem uma atmosfera capaz de incendiar um objeto que chega, e não o suficiente para realmente atrasá-lo.
Pousar qualquer coisa lá requer a máxima precisão, planejamento e compreensão da física.
Além da Terra, Marte é o planeta mais estudado no sistema solar. No entanto, apesar de ter orbitadores, landers e rovers visitando-o ao longo dos anos, nenhuma espaçonave jamais se concentrou no interior do planeta. Não sabemos quão grande é o núcleo, de que é feito ou se o planeta ainda está ativo. É isso que a InSight investigará ao longo de sua missão primária de dois anos.
Começando os trabalhos
O próximo passo da InSight é implantar seus painéis solares – a única fonte de energia da sonda. É preciso esperar que a poeira se estabilize antes de desdobrá-los, para que possam começar a colecionar a luz solar marciana.
A InSight é a primeira sonda a não ter seus instrumentos de ciência presos no chassi. Em vez disso, o robô precisa usar um braço articulado para levantar cada ferramenta e colocá-las na superfície.
Nos próximos dias e semanas, o InSight vai avaliar a integridade de seus equipamentos, os braços robóticos e a funcionalidade de seus instrumentos. A equipe também fará uma pesquisa detalhada da área para escolher o melhor local para cada dispositivo.
Todo este processo levará cerca de três meses, começando com a colocação de um sismógrafo de fabricação francesa. Este é o primeiro de toda a exploração planetária – nenhuma espaçonave jamais tentou apreender nada em outro planeta.
A equipe estima que levará cerca de um mês para calibrar todos os instrumentos. Só então as respostas para muitas perguntas começaram a ser respondidas.