O Telescópio Espacial James Webb, em uma colaboração sem precedentes entre a NASA, a ESA e a CSA, realizou uma descoberta revolucionária ao redor de uma estrela jovem e de massa muito baixa.
A equipe internacional de cientistas, utilizando as capacidades únicas de Webb, revelou a presença de uma química de hidrocarbonetos surpreendentemente rica em um disco protoplanetário – uma estrutura que contém gás, poeira, gelo e outros materiais que circundam uma estrela recém-nascida, sendo o berço potencial de novos planetas.
Esta pesquisa inovadora faz parte do projeto MIRI Mid-Infrared Disk Survey (MINDS), que busca desvendar a conexão entre a composição química dos discos protoplanetários e as características dos exoplanetas. Os achados são um marco, pois oferecem uma nova perspectiva sobre o ambiente que cerca estrelas extremamente jovens e contribuem significativamente para o nosso entendimento sobre a diversidade de exoplanetas, estrelas e sistemas planetários.
Os planetas, como sabemos, tendem a se formar em torno de estrelas a partir do material encontrado nos discos protoplanetários. Há uma crença entre os cientistas de que os planetas terrestres surgem mais eficientemente do que os gigantes gasosos em torno de estrelas de baixa massa, como a estrela que foi objeto de estudo recente do Webb. A composição desses planetas terrestres, no entanto, permanece um mistério. As observações recentes do projeto MINDS sugerem que os discos protoplanetários ao redor de estrelas de baixa massa podem evoluir de forma distinta dos discos ao redor de estrelas mais massivas, o que poderia ser a chave para entender as diferenças na composição dos planetas.
Durante as observações, Webb focou na estrela ISO-Chal 147, uma estrela notavelmente jovem e com uma massa significativamente menor do que a média das estrelas. Os resultados revelaram uma riqueza de moléculas de carbono ao redor desta estrela, um achado que não apenas desafia as expectativas, mas também abre novos caminhos para a astroquímica e a formação planetária.
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