A China está construindo uma estação espacial permanente em órbita terrestre baixa, chamada Tiangong, que significa “Palácio Celestial” em chinês. O projeto é parte dos esforços do país para se tornar uma potência espacial e competir com os EUA, que lideram a Estação Espacial Internacional (ISS).
A Tiangong é uma estação espacial modular, composta por um módulo central e dois módulos laboratoriais, que serão lançados entre 2021 e 2022. A estação terá cerca de um quinto da massa da ISS e aproximadamente a mesma massa da antiga estação espacial russa Mir. A estação poderá abrigar até seis taikonautas (como são chamados os astronautas chineses) e realizar diversos experimentos científicos nas áreas de ciências da vida, microgravidade, física, astronomia e tecnologia.
A Tiangong é a terceira fase do programa espacial tripulado da China, que começou em 2003 com o primeiro voo humano do país. As duas primeiras fases envolveram o lançamento de dois laboratórios espaciais temporários, Tiangong-1 e Tiangong-2, que serviram para testar as tecnologias de acoplagem e de suporte à vida no espaço. A Tiangong-1 foi lançada em 2011 e reentrou na atmosfera terrestre em 2018, após perder o controle. A Tiangong-2 foi lançada em 2016 e desorbitada intencionalmente em 2019.
A China tem planos ambiciosos para a Tiangong, que incluem a realização de missões de longa duração, a cooperação internacional com outros países e organizações, e a instalação de um telescópio óptico acoplado à estação, chamado Xuntian, que terá um campo de visão 300 vezes maior do que o do telescópio espacial Hubble.
A Tiangong representa um desafio para o domínio dos EUA no espaço, que até então era o único país capaz de operar uma estação espacial permanente. Os EUA proibiram a participação da China na ISS por questões de segurança nacional e de direitos humanos, o que motivou os chineses a desenvolverem seu próprio programa espacial independente. A Tiangong pode se tornar uma alternativa à ISS, que tem seu funcionamento previsto até 2024, mas que pode ser estendido até 2030.
A Tiangong também pode ser vista como uma oportunidade de colaboração entre as duas potências espaciais, que poderiam compartilhar seus conhecimentos e recursos para explorar o espaço de forma pacífica e sustentável. A China já manifestou seu interesse em cooperar com outros países na Tiangong, e alguns parceiros potenciais são a Rússia, a Agência Espacial Europeia, a Agência Espacial Brasileira e a ONU.
A Tiangong é um marco histórico para a China e para o mundo, pois demonstra o avanço tecnológico e científico do país asiático e sua capacidade de realizar feitos espaciais impressionantes. A estação espacial chinesa pode abrir novas possibilidades de pesquisa e descoberta no espaço, além de estimular a competição e a cooperação entre as nações.
Gosta do nosso conteúdo?
Este texto foi gerado com o auxílio de ferramentas de IA. Viu algum erro? Avise!