Você já imaginou como seria se você pudesse viajar para outras dimensões e ver o que outras versões de você estão fazendo? Essa é a ideia por trás do transumanismo, um movimento que busca superar os limites da condição humana usando a tecnologia.
Um dos defensores dessa ideia é o físico David Deutsch, considerado o pai da computação quântica. Ele acredita que um dia seremos capazes de transferir nossa consciência para computadores quânticos, que poderiam acessar outras realidades paralelas.
Mas como isso seria possível? E quais seriam as consequências?
Em um artigo publicado na revista Popular Mechanics, a jornalista Jennifer Ouellette explora essas questões e apresenta as visões de diferentes especialistas sobre o tema.
Ela conta que, hoje, os computadores quânticos ainda são muito incipientes para essa tarefa. E ninguém sabe realmente o que é a consciência. Mas, à medida que a computação quântica e a biologia quântica avançam, isso pode se tornar viável.
Ouellette explica que os computadores quânticos se diferenciam dos computadores clássicos por usarem qubits, partículas subatômicas que podem assumir vários estados ao mesmo tempo, em vez de bits, que só podem ser zero ou um. Isso permite que eles testem todas as respostas quase simultaneamente.
Além disso, os qubits podem se entrelaçar com outros qubits, mesmo que estejam distantes. Isso significa que, se você conhece o estado de um qubit, você conhece o estado de todos os qubits com os quais ele está entrelaçado. Assim, um computador quântico pode obter mais dados por consulta e resolver problemas muito mais rápido com a mesma quantidade de energia que um computador clássico.
Deutsch acredita que os computadores quânticos resolvem problemas em parte interagindo com qubits em outros universos. E como a interpretação de muitos mundos da mecânica quântica diz que as pessoas, não apenas as partículas, também estão representadas em todos os seus estados possíveis no multiverso, ele pensa que, ao transferirmos nossa consciência para um computador quântico, poderíamos nos comunicar com nossos outros eus.
Mas há muitos desafios e dilemas nessa proposta. Por exemplo, como escanear todo o cérebro humano e recriá-lo em um computador? Como lidar com o fato de que o cópia digital seria apenas uma réplica do original, e não o mesmo indivíduo? Como conviver com a falta de um corpo físico e suas sensações? Como evitar conflitos entre as diferentes versões de nós mesmos?
Ouellette apresenta algumas perspectivas e argumentos sobre esses pontos, mostrando que há muito mais do que ciência envolvida nessa questão. Há também aspectos éticos, filosóficos e psicológicos.
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