O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (24) que espera realizar uma segunda cúpula com o líder norte-coreano Kim Jong-un.
O anuncio foi feito aos repórteres na sede das Nações Unidas em Nova York, pouco antes de uma reunião com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, no final do dia.
Moon e Kim se reuniram em Pyongyang na semana passada e reafirmaram seu compromisso com a desnuclearização da península coreana, com Kim dizendo que gostaria de se encontrar com Trump novamente depois de seu primeiro encontro em Cingapura.
“Está indo muito bem, as relações são muito boas com a Coreia do Norte. Temos muitas coisas na loja, parece que teremos uma segunda cúpula em breve. Como vocês sabem, Kim Jong-un escreveu uma carta – uma carta linda – pedindo uma segunda reunião e nós faremos isso”, disse Trump.
A Casa Branca disse no início deste mês que Kim pediu uma segunda reunião em uma carta para Trump, e que o planejamento já estava em andamento.
No primeiro econtro, Kim comprometeu-se a trabalhar em prol da “desnuclearização completa” da península coreana em troca de garantias de segurança dos EUA.
Como o progresso do acordo estagnou, com cada lado exigindo do outro o primeiro passo, Trump cancelou no mês passado uma planejada viagem a Pyongyang pelo Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
Após a cúpula inter-coreana da semana passada, Pompeo divulgou um comunicado dizendo que os EUA estavam preparados para entrar em negociações com a Coreia do Norte “imediatamente”, inclusive por meio de uma reunião entre ele e o ministro das Relações Exteriores, Ri Yong-ho na Assembleia Geral da ONU.
“O secretário Pompeo vai resolver isso”, disse Trump sobre o segundo encontro com Kim. “Num futuro imediato, parece que está se movendo muito bem. Um tremendo progresso na Coreia do Norte. Certamente, desde que chegamos aqui, era um mundo diferente. Essa foi uma época perigosa. Este é um ano depois, um tempo muito diferente”, completou.
No ano passado, Trump usou um discurso na Assembleia Geral da ONU para ameaçar “destruir totalmente” a Coreia do Norte, enquanto as tensões aumentavam com o teste do regime de mísseis balísticos intercontinentais e armas nucleares.