As mensagens polêmicas continuarão a ser divulgadas pelo “interesse público geral”, explicou a rede social em um blog. Mas elas serão precedidas por um aviso de violação das regras da rede social, informou o Twitter.
No dia 12 de abril, Trump revoltou a oposição democrata ao publicar um tuíte com um vídeo no qual associou declarações da deputada Ilhan Omar, uma das primeiras mulheres muçulmanas eleitas no Congresso americano, a imagens dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, precisou solicitar proteção policial à parlamentar, a familiares dela e à equipe que assessora a deputada. Este foi apenas um dos inúmeros tuítes de Trump que dão margem à violência.
“Participar no debate público inclui dar a oportunidade a todos de falar sobre temas que são importantes para eles; isso pode ser especialmente importante quando se trata de funcionários de governo ou políticos”, escreveu a empresa. “Devido à sua posição, esses líderes têm uma grande influência e, às vezes, dizem coisas que podem ser consideradas controversas ou convidam ao debate e à discussão”, acrescentou. Também “há alguns casos nos quais é de interesse público ter acesso a alguns tuítes, inclusive quando normalmente desrespeitam nossas regras”, indicou a rede social. “Nessas raras ocasiões, colocaremos uma advertência, uma tela em que o seguidor terá que fazer um clique antes de ver o tuíte, para proporcionar contexto e clareza”. Além dessa advertência, o Twitter dará a essas publicações menos visibilidade na rede social.
A nova regra será aplicada a funcionários de governo, eleitos e candidatos às eleições ou a cargos no governo com mais de 100.000 seguidores. O Twitter também se compromete a verificar a autenticidade da conta.
As novas medidas entraram em vigor nesta quinta-feira e são adotadas um dia depois de uma nova série de ataques de Trump à rede social, que ele acusa de censura. “Evitam que as pessoas me sigam no Twitter, e tenho muito mais problemas para transmitir minha mensagem”, disse Trump na quarta-feira ao canal Fox Business.
Com informações da AFP