A Universidade de São Paulo (USP) informou que todos os candidatos que estudaram em colégios militares “vinculados e mantidos efetivamente pelas Forças Armadas” e que foram aprovados no vestibular deste ano tiveram os pedidos de matrícula aceitos.
O impasse na matrícula desses estudantes ocorreu porque eles se inscreveram por meio da ação afirmativa para egressos de escolas públicas. Porém, a universidade recebeu denúncias da existência de instituições denominadas militares, mas administradas por entidades privadas, que cobram mensalidades.
Ações afirmativas
A USP ofereceu, este ano, 1.471 vagas apenas a candidatos que, independentemente da renda, tenham cursado integralmente o ensino médio nas escolas públicas. Outras 759 vagas foram destinadas às pessoas pretas, pardas e indígenas, restando 6.132 vagas para a ampla concorrência.
Após análise, a USP considerou que os colégios militares “atendem plenamente ao regramento estabelecido para o concurso vestibular 2019”. “Por essa razão, os candidatos aprovados no vestibular, oriundos de escolas militares, tiveram sua matrícula analisada caso a caso. Os poucos casos de indeferimento de matrícula estão em análise, em função de recursos apresentados”, acrescentou a universidade em nota.
“A USP tem-se dedicado, nas duas últimas décadas, ao aumento da inclusão das minorias no seu quadro de alunos. Grandes avanços foram obtidos e, para acelerar o processo, reservas de vagas foram implantadas, a partir de 2016, para candidatos oriundos de escolas públicas e de minorias raciais. Em função disso, a universidade preocupa-se em identificar corretamente a instituição de ensino de origem dos candidatos”, informa o texto.