Um grupo de pesquisadores norte-americanos acredita que formações com formas de macarrão podem ser as primeiras pistas de vida em outros planetas. Para entender qual seria a aparência de extraterrestres, pesquisadores analisaram águas geotermais ricas em minerais do Parque Nacional de Yellowstone.
“Se formos para outro planeta com um rover, amaríamos ver micróbios vivos ou então pequenos homens e mulheres verdes em uma espaçonave”, afirmou o autor do estudo Bruce Fouke, que é geobiólogo da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, destacando que “a realidade é que vamos estar à procura de vida que estava provavelmente crescendo em uma fonte termal, vida que foi fossilizada”.
Os minerais precipitam da água, criando formações feitas de carbonato de cálcio, conhecidas como travertino, que, de acordo com Bruce, não ganham esse formato em vácuo, e, sim, parcialmente, graças a micróbios.
Águas aquecidas do Parque Nacional de Yellowstone, que chegam a atingir temperatura entre 65 e 72 gruas Celsius e com pH baixo de 6,2 a 6,8, sendo ela, assim, mais ácida do que básica, são o ponto central do estudo. A análise mostrou que 98% de microrganismos são Sulfurihydrogenibium yellowstonense.
Cuidadosamente e sem prejudicar a natureza, os pesquisadores coletaram amostras de fileiras de micróbios filamentosos que se desenvolvem nessas águas. As fileiras se parecem com macarrão. Cada fileira consiste em trilhões de células ligadas entre si.
Em água parada, no entanto, os micróbios formam esteiras mucosas soltas. Eles evoluíram há 2,5 mil milhões de anos, quando quase não havia oxigênio na atmosfera da Terra.
Os seus vestígios de vida devem parecer pegadas longas e fossilizadas na superfície das pedras. Portanto, tais formações podem servir como sinais da existência de organismos alienígenas no passado. De acordo com os cientistas, é muito provável que estes micróbios sejam semelhantes a qualquer outra vida que exista em outros planetas.