Desde a morte da vereadora Marielle Franco (14/03), muitos boatos vem sendo relacionados ao seu nome. A própria família da ativista teve que se manifestar algumas vezes para desmentir a acusação de que ela estava vinculada a facções criminosas e tráfico, chegando até a ter algum relacionamento com Marcinho VP.
Algumas dessas afirmações estão hospedadas no Youtube, somando ao todo 16 vídeos. Diante disso, a Justiça determinou que o Google terá 72 horas para remover os conteúdos, que são considerados caluniosos e ofensivos à memória da vereadora.
A decisão partiu da juíza Marcia Correia Hollanda, que ao analisar o conteúdo concluiu que as mensagens iam muito além dos limites previstos na Constituição, no que diz respeito à liberdade de expressão.
“Tais vídeos e áudios fizeram referência direta à Marielle, apontando-a como vinculada a facções criminosas e tráfico ou imputações maliciosas sobre as suas bandeiras políticas, como o aborto, fatos que podem caracterizar violação à honra e à imagem da falecida, e que, certamente, causam desconforto e angústia a seus familiares”, diz a decisão.
Nenhum dos vídeos apresenta provas das acusações.
O Google enfrentará uma multa diária de R$ 1.000 enquanto não remover os vídeos do Youtube.
Em resposta à decisão, a empresa aceitou a decisão e a julgou correta.