A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta terça-feira que vai dar início projeto de pesquisa para o uso medicinal da Cannabis sativa, planta de onde é produzida a maconha.
O projeto da fundação aguarda a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que é responsável por autorizar o plantio da maconha com fins medicinais e para pesquisa.
A Sputnik Brasil conversou com Francisco Netto, coordenador-executivo de Programa de Drogas da Fiocruz, que explicou a origem da pesquisa. Segundo o psicólogo, a ideia surgiu após a fundação ouvir a demanda de mães de crianças que possuem epilepsia refratária, nome dado a uma doença de difícil controle com medicamentos convencionais, mas que a ideia da pesquisa é ir além do tratamento da epilepsia.
“A gente começou dando conta dessa demanda especifica, que essas mães nos apresentaram, mas também entendendo que existem outras aplicações terapêuticas que também são importantes e que cada vez mais tem robustez essas evidências de outras possibilidades do uso da Cannabis”, explicou.
A pesquisa tem como objetivo uma série de atividades, que vão desde estudos sobre formas de cultivo da planta, testes clínicos a até o desenvolvimento de um medicamento propriamente dito.
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“Nós conversamos com especialistas e pessoas que trabalham nesse campo e estamos chegando em um ponto de trabalho para começar a pensar na produção de fato de um extrato de um fito medicamento a princípio, na primeira modalidade, para epilepsia’, disse Francisco Netto.
O orçamento previsto para toda a pesquisa nesse primeiro momento é de R$ 3,4 milhões, mas o valor ainda pode ser alterado para mais ou para menos ao longo do processo.