Apresentamos um resumo do que aconteceu neste dia na CPI da Covid: O Ministro da Saúde Marcelo Queiroga, depôs pela 2ª vez à comissão. Ele defendeu a Copa América no Brasil e disse que não é censor de Bolsonaro.
“O presidente da República não conversou comigo acerca da atitude dele. Eu sou ministro da Saúde. Eu não sou um censor do presidente da República. Eu faço parte de um governo. O presidente da República não é julgado pelo ministro da Saúde. As recomendações sanitárias estão postas. Cabe a todos aderir a essas recomendações”, disse Queiroga.
“Em relação às medidas não farmacológicas, eu tenho tido uma determinação pessoal em recomendá-las. E essas recomendações são para todos – todos os brasileiros, sem exceção. Não há exceção. O cuidado é individual, o benefício é de todos. Aqui eu digo de maneira clara e textual: o Ministério da Saúde tem, de maneira clara, se manifestado acerca desse ponto”, argumentou o ministro.
Queiroga afirmou ainda que a cloroquina e os demais remédios do tratamento precoce ao coronavírus não têm eficácia comprovada. A fala contrasta com o discurso do presidente Jair Bolsonaro, que já fez por diversas vezes a defesa do uso desses medicamentos.
A sessão chegou a ser interrompida após discussão entre o ministro e senador Otto Alencar. Ele perguntou ao ministro se ele havia lido as bulas de vacinas contra a Covid-19. A pergunta irritou Queiroga, que respondeu que não havia lido as bulas.
O senador Renan Calheiros, relator da comissão, identificou ao menos quatro contradições no segundo depoimento de Queiroga. As principais seriam em relação à Copa América no Brasil e a não nomeação da infectologista Luana Araújo. O Renan também disse que o ministro da Saúde inaugurou uma nova etapa do negacionismo: o ‘neonegacionismo’.
O Ministro admitiu que 2 milhões de testes para Covid-19 foram desperdiçados. Questionado pelos senadores sobre insumos que ficaram abandonados em um galpão, Queiroga disse que 2 milhões de testes acabaram perdendo a validade. Ele afirmou, ainda, que o Brasil vai receber uma doação de material da Coreia para repor o material perdido.
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