A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença grave que pode causar sequelas permanentes ou até mesmo a morte.
Embora o Brasil tenha sido certificado como livre da poliomielite em 1994, a queda na cobertura vacinal nos últimos anos aumenta o risco de reintrodução do vírus no país.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2022, apenas 72% das crianças menores de 5 anos receberam a vacina contra a pólio, bem abaixo da meta de 90% a 95%. A vacina é a única forma de prevenir a doença e deve ser aplicada em duas formas: inativada (injeção) aos 2, 4 e 6 meses de idade e oral (gotinha) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
A importância da vacinação pode ser ilustrada pelo depoimento da médica Rivia Ferraz, de 51 anos, que contraiu a poliomielite aos 9 meses de idade por não ter sido vacinada. Ela teve que passar por 14 cirurgias para conseguir caminhar com uma prótese na perna direita. “Passei por muitas dores e ainda as sinto, tive que vencer barreiras e a acessibilidade, tudo isso por conta de uma não vacinação”, disse.
A poliomielite é causada por um vírus que se transmite por via fecal-oral ou por água ou alimentos contaminados. Ele se multiplica no intestino e pode atacar o sistema nervoso, causando paralisia flácida nos membros ou nas partes do cérebro que controlam a respiração. A maioria das infecções não produz sintomas, mas em alguns casos pode haver febre, dor de cabeça, vômito e rigidez no pescoço.
A doença ainda não foi erradicada em alguns países da África e da Ásia, o que representa uma ameaça para o Brasil, que recebe imigrantes e refugiados de diversas regiões. Em 2022, um caso foi confirmado em Loreto, no Peru, país vizinho ao Brasil. Por isso, é fundamental manter as altas coberturas vacinais e evitar que o vírus volte a circular por aqui.
A vacina contra a poliomielite está disponível em todos os centros públicos de saúde e pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas do calendário do Ministério da Saúde. Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde tem realizado diversas ações para aumentar a vacinação na maior cidade do país, como horários estendidos nas salas de vacinação, declaração de vacinação atualizada nas escolas e vacinação nas escolas.
Vacinar seus filhos é um ato de amor e de responsabilidade social. Não deixe de protegê-los contra a poliomielite e outras doenças que podem ser prevenidas com vacinas. Procure o serviço de saúde mais próximo e leve a caderneta de vacinação.
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