A depressão é um transtorno mental que afeta o humor, os pensamentos e o comportamento de uma pessoa, causando tristeza, desânimo, perda de interesse e outros sintomas que prejudicam a qualidade de vida.
A depressão pode ter várias causas, como fatores genéticos, ambientais, psicológicos e biológicos. Uma das possíveis causas biológicas da depressão é o desequilíbrio dos neurotransmissores, que são substâncias químicas que transmitem mensagens entre as células nervosas do cérebro. Os principais neurotransmissores envolvidos na depressão são a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, que estão relacionados com as emoções, o humor, o sono, o apetite e a motivação.
Existem diversos tipos de medicamentos que podem ajudar a regular os níveis desses neurotransmissores e aliviar os sintomas da depressão. Esses medicamentos são chamados de antidepressivos e devem ser prescritos por um médico psiquiatra após uma avaliação cuidadosa do paciente. Os antidepressivos mais usados atualmente são os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que aumentam a disponibilidade de serotonina no cérebro. Alguns exemplos de ISRS são fluoxetina (Prozac®), sertralina (Zoloft®), paroxetina (Pondera®), citalopram (Procimax®) e escitalopram (Lexapro®).
No entanto, nem todos os antidepressivos são iguais e nem todos os pacientes respondem da mesma forma a eles. Além disso, alguns antidepressivos podem causar efeitos colaterais indesejados, como náuseas, insônia, sonolência, diminuição da libido, ganho ou perda de peso e até mesmo piora da depressão em alguns casos. Por isso, é importante que o paciente siga as orientações do médico e não interrompa ou altere a dose do medicamento sem consultar o profissional.
Além dos antidepressivos, existem outros medicamentos que podem causar depressão como efeito colateral. Esses medicamentos podem interferir na produção ou na ação dos neurotransmissores ou ter outras ações no organismo que afetam o humor. Alguns exemplos de medicamentos que podem causar depressão são:
- Beta-bloqueadores: são usados para tratar a hipertensão arterial, a angina, as arritmias cardíacas e outras doenças cardiovasculares. Eles bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos, que são estimulados pela noradrenalina e pela adrenalina. Esses hormônios estão envolvidos na resposta ao estresse e na regulação do humor. Alguns exemplos de beta-bloqueadores são atenolol (Atenol®), carvedilol (Coreg®), metoprolol (Selozok®) e propranolol (Inderal®).
- Corticoides: são usados para tratar doenças inflamatórias, alérgicas, autoimunes e outras condições que envolvem o sistema imunológico. Eles têm ação anti-inflamatória e imunossupressora, mas também afetam o metabolismo dos carboidratos, das proteínas e das gorduras. Eles podem alterar os níveis de glicose no sangue, causar retenção de líquidos, aumento de peso, osteoporose e alterações no humor. Alguns exemplos de corticoides são metilprednisolona (Solu-Medrol®), prednisona (Meticorten®), hidrocortisona (Solu-Cortef®) e triancinolona (Kenalog®).
- Benzodiazepínicos: são usados para tratar a ansiedade, a insônia e o relaxamento muscular. Eles aumentam a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), que é um neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central. Eles podem causar sonolência, dependência química, tolerância e abstinência. Em alguns casos, eles podem reduzir a produção de serotonina e causar depressão. Alguns exemplos de benzodiazepínicos são alprazolam (Frontal®), diazepam (Valium®), lorazepam (Lorax®) e flurazepam (Dalmadorm®).
- Antiparkinsonianos: são usados para tratar a doença de Parkinson, que é uma doença degenerativa do sistema nervoso que afeta os movimentos, o equilíbrio e a coordenação. Eles atuam aumentando os níveis de dopamina no cérebro, que é um neurotransmissor que está diminuído nessa doença. Eles podem causar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, alucinações, confusão mental e depressão. O principal antiparkinsoniano é a levodopa (Prolopa®), que é convertida em dopamina no organismo.
- Remédios estimulantes: são usados para tratar a sonolência diurna excessiva, a narcolepsia, a doença do sono, a fadiga e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Eles aumentam a atividade do sistema nervoso central, estimulando a liberação ou inibindo a recaptação de neurotransmissores como a dopamina, a noradrenalina e a serotonina. Eles podem causar efeitos colaterais como insônia, ansiedade, irritabilidade, taquicardia, hipertensão e depressão. Alguns exemplos de remédios estimulantes são metilfenidato (Ritalina®), modafinila (Stavigile®) e cafeína.
- Anticonvulsivantes: são usados para prevenir as convulsões em pacientes com epilepsia ou outras doenças neurológicas. Eles atuam modulando a atividade dos canais iônicos ou dos neurotransmissores no cérebro. Eles podem causar efeitos colaterais como sonolência, tontura, náuseas, alterações no peso e no humor. Alguns exemplos de anticonvulsivantes são carbamazepina (Tegretol®), gabapentina (Neurontin®), lamotrigina (Lamictal®), pregabalina (Lyrica®) e topiramato (Topamax®).
- Inibidores da produção de ácido: são usados para tratar o refluxo gastroesofágico e as úlceras no estômago. Eles atuam reduzindo a produção de ácido clorídrico pelas células parietais do estômago. Eles podem causar efeitos colaterais como dor de cabeça, diarreia, náuseas, gases e depressão. Alguns exemplos de inibidores da produção de ácido são omeprazol (Losec®), esomeprazol (Nexium®) e pantoprazol (Pantozol®).
- Estatinas e fibratos: são usados para reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue. Eles atuam inibindo a produção ou aumentando a eliminação dessas gorduras pelo fígado. Eles podem causar efeitos colaterais como dor muscular, fraqueza, dor abdominal, náuseas, diarreia e depressão. Alguns exemplos de estatinas e fibratos são sinvastatina (Zocor®), atorvastatina (Lipitor®) e fenofibrato (Lipanon®).
É importante ressaltar que nem todas as pessoas que tomam esses medicamentos ficam com depressão. A ocorrência desse efeito colateral depende de vários fatores, como a dose, o tempo de uso, a interação com outros medicamentos ou substâncias, as características individuais do paciente e a presença de outras doenças. Por isso, é fundamental que o paciente informe ao médico sobre todos os medicamentos que está usando ou pretende usar, bem como sobre qualquer alteração no seu estado emocional ou comportamental.
A depressão é uma doença séria que requer tratamento adequado. Se você suspeita que está com depressão ou que algum medicamento está causando esse problema, procure ajuda médica o quanto antes. Não se automedique nem interrompa o uso de nenhum medicamento sem orientação profissional.
Gosta do nosso conteúdo?
Este texto foi gerado com o auxílio de ferramentas de IA. Viu algum erro? Avise!