Você sabia que a sua profissão pode influenciar a saúde do seu cérebro?
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, revelou quais são as profissões que potencializam o risco de sofrer demência, uma doença que afeta a memória e o raciocínio de milhões de pessoas no mundo.
O estudo, publicado na revista científica Occupational and Environmental Medicine, analisou dados de mais de 3 milhões de pessoas nascidas entre 1930 e 1959, que trabalharam na Suécia entre 1960 e 2016. Os pesquisadores acompanharam o histórico profissional e médico dessas pessoas, e identificaram quais foram diagnosticadas com demência.
Os resultados mostraram que as profissões que exigem mais interação social, criatividade e complexidade cognitiva, como professores, médicos e engenheiros, têm um menor risco de desenvolver demência do que as profissões que envolvem mais rotina, repetição e estresse, como operários, caixas e motoristas.
Segundo os pesquisadores, isso se deve ao fato de que as atividades profissionais podem influenciar a saúde cerebral ao longo da vida, e que estimular o cérebro com desafios intelectuais e sociais pode prevenir ou retardar o declínio cognitivo. Eles também destacaram que outros fatores, como a educação, o estilo de vida e as condições de trabalho, podem afetar o risco de demência.
Os pesquisadores recomendam que as pessoas busquem manter o cérebro ativo e saudável, independentemente da profissão que exercem. Algumas dicas são: aprender coisas novas, ler livros, fazer palavras cruzadas, jogar jogos de raciocínio, conversar com amigos e familiares, praticar exercícios físicos e ter uma alimentação equilibrada.
A demência é uma doença que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela causa perda progressiva da memória, da linguagem, do pensamento lógico e da capacidade de realizar atividades cotidianas. A forma mais comum de demência é a doença de Alzheimer, que representa cerca de 60% a 70% dos casos. Não há cura para a demência, mas existem tratamentos que podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e dos cuidadores.