Você sabia que o ar que respiramos está cheio de plástico?
É isso mesmo, pequenos pedaços de plástico, chamados de microplásticos, estão presentes no ar que nos cerca, tanto em ambientes internos quanto externos. Eles vêm de diversas fontes, como roupas, embalagens, cosméticos e pneus, e podem causar sérios danos à nossa saúde.
Segundo um estudo recente, cada pessoa respira cerca de 16 pedaços de microplástico por hora, o equivalente a um cartão de crédito por semana. Esses plásticos podem se alojar nas vias aéreas e causar inflamação pulmonar, falta de ar e câncer de pulmão.
Os pesquisadores coletaram amostras de ar em diferentes locais do mundo, como Estados Unidos, França, Alemanha e China, e analisaram a composição e a origem dos microplásticos. Eles descobriram que os microplásticos são formados principalmente por poliéster, polipropileno e polietileno, materiais usados na fabricação de roupas sintéticas, sacolas plásticas e embalagens de alimentos.
Além disso, eles identificaram mais de 13 mil substâncias químicas associadas aos microplásticos, das quais pelo menos 3.200 são nocivas à saúde humana. Essas substâncias incluem metais pesados, pesticidas, retardantes de chama e disruptores endócrinos, que podem interferir no funcionamento hormonal do organismo.
Os microplásticos não afetam apenas a saúde das pessoas, mas também a do planeta. Cada etapa do ciclo de vida do plástico impacta desproporcionalmente as comunidades vulneráveis, que sofrem com a extração de combustíveis fósseis, a contaminação da água, os problemas de saúde e as emissões de gases de efeito estufa.
Para reduzir a exposição aos microplásticos no ar, os pesquisadores recomendam algumas medidas simples, como usar roupas feitas de fibras naturais, evitar produtos cosméticos que contenham microesferas plásticas, optar por embalagens recicláveis ou reutilizáveis e manter os ambientes bem ventilados e limpos.
No entanto, eles alertam que essas medidas são insuficientes para resolver o problema global da poluição plástica. É preciso uma ação coletiva e coordenada dos governos, das empresas e dos consumidores para reduzir a produção e o consumo de plástico e promover uma economia circular e sustentável.
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