Um novo estudo alerta para o aumento do consumo álcool nos EUA, especialmente entre mulheres e jovens, e suas consequências devastadoras para a saúde e a economia do país.
O consumo de alto risco de álcool é definido como o consumo de mais de 14 doses por semana para homens e mais de 7 doses por semana para mulheres, ou o consumo de mais de 4 ou 5 doses em uma única ocasião. Esse padrão de consumo pode levar ao desenvolvimento da doença hepática associada ao álcool (ALD), que inclui a esteatose hepática alcoólica, a hepatite alcoólica e a cirrose hepática.
O estudo usou dados nacionais de saúde e econômicos para estimar o número de mortes, os anos de vida perdidos, os custos médicos diretos e indiretos e os custos intangíveis relacionados à ALD nos EUA entre 2022 e 2040. Os resultados são alarmantes: se as tendências atuais persistirem, em 20 anos cerca de 956 mil pessoas morrerão anualmente de ALD, com maiores percentuais de mulheres (55%) e jovens (40% com menos de 50 anos). Os custos totais de ALD chegarão a 880 bilhões de dólares no mesmo período, sendo 60% atribuídos aos custos intangíveis, como a dor e o sofrimento dos pacientes e familiares.
Os autores do estudo afirmam que é urgente implementar programas para conscientizar sobre os efeitos nocivos do consumo de alto risco de álcool e desenvolver terapias eficazes para tratar a doença hepática avançada. Eles também defendem ações políticas e de saúde pública para reduzir o estresse na sociedade, que é parcialmente responsável pelo consumo excessivo de álcool. Segundo eles, essas medidas podem salvar milhões de vidas e bilhões de dólares nos próximos anos.