Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindihosp) mostrou que a maioria dos hospitais privados paulistas teve um aumento de casos de covid-19 nos últimos 15 dias.
O levantamento, feito entre 10 e 19 de outubro, ouviu 81 hospitais, sendo 49% da capital e Grande São Paulo e 51% do interior.
Segundo o estudo, 84% dos hospitais entrevistados relataram um aumento na chegada de pacientes ao Pronto Atendimento com suspeita de covid-19. Em relação aos testes, 68% deles disseram ter observado um aumento entre 11% e 20% de casos positivos. Além disso, 76% dos hospitais informaram um aumento de internações de pacientes por causa da doença. Para 92%, o percentual de aumento de infectados nos leitos de UTI ficou em 5%.
O presidente do Sindihosp, Francisco Balestrin, afirmou que o aumento da infecção pode ser um indício de que novas subvariantes da covid-19 estão em circulação no estado. Ele explicou que as subvariantes são mutações do vírus que podem torná-lo mais transmissível ou mais resistente às vacinas. Uma das novas subvariantes é a BQ.1, que está associada a um recente surto da doença nos Estados Unidos e na Europa. A subvariante foi detectada pela primeira vez no Brasil em uma paciente da Amazônia e já há casos confirmados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
Balestrin ressaltou que é necessário que a população complete o calendário vacinal com a vacina bivalente, que protege contra as variantes Delta e BQ.1. Ele também recomendou que as pessoas usem máscara em ambientes com alta concentração de pessoas, como o transporte público. Ele lembrou que a pandemia ainda não acabou e que é preciso manter os cuidados para evitar uma nova onda da doença.
Para acompanhar os dados sobre a pandemia na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde disponibiliza um painel interativo com informações sobre os casos, as mortes, a ocupação dos leitos, a vacinação e os mapas das regiões mais afetadas. O painel pode ser acessado pelo site da prefeitura.