Você já ouviu falar que a vacina contra a Covid-19 pode causar efeitos colaterais graves, alterar o DNA ou implantar um chip no corpo?
Essas são algumas das fake news que circulam nas redes sociais e que podem prejudicar a imunização da população contra o novo coronavírus. Mas você sabia que esse tipo de desinformação sobre vacinas não é algo recente no Brasil?
A primeira fake news sobre vacinação registrada na história do país remonta ao período do Império, quando muitas pessoas se recusavam a tomar a vacina contra a varíola por medo de que ela fosse perigosa ou ineficaz. Essa resistência contribuiu para que as epidemias de varíola fossem recorrentes e devastadoras no país. Alguns dos boatos que circulavam na época eram de que a vacina poderia causar doenças como sífilis, lepra e tuberculose, ou que ela transformaria as pessoas em vacas.
Essas mentiras provocaram uma revolta popular em 1904, quando o governo decretou a vacinação obrigatória contra a varíola no Rio de Janeiro, então capital federal. A população se rebelou contra a medida, que considerava autoritária e invasiva, e iniciou uma série de protestos violentos que ficaram conhecidos como a Revolta da Vacina. O movimento foi reprimido pelas forças militares e deixou um saldo de mortos, feridos e presos.
A Revolta da Vacina é um exemplo histórico de como as fake news podem interferir na saúde pública e na confiança nas autoridades. Por isso, é importante que as pessoas se informem sobre as vacinas e os benefícios que elas trazem para a prevenção de doenças e a proteção da vida. As vacinas são seguras, eficazes e passam por rigorosos testes antes de serem aprovadas e distribuídas. Além disso, as vacinas são um direito de todos e um dever de cada um.
Portanto, não acredite em tudo que você vê ou ouve por aí. Busque fontes confiáveis de informação, como os órgãos de saúde, os profissionais da área e os meios de comunicação sérios. E, claro, quando chegar a sua vez, vacine-se. A vacinação é a melhor forma de combater a Covid-19 e outras doenças que já foram erradicadas ou controladas graças às vacinas. Lembre-se: vacinar é um ato de amor, de cuidado e de cidadania.