Descoberta promissora pode revolucionar a detecção precoce do câncer de mama.
Pesquisadores identificaram proteínas específicas no leite materno e no soro sanguíneo que estão envolvidas no desenvolvimento de tumores. Essas proteínas têm o potencial de serem utilizadas como biomarcadores em um painel de diagnóstico, permitindo aos médicos detectar o câncer de mama mais cedo do que nunca.
O câncer de mama é atualmente o tipo de câncer mais diagnosticado entre as mulheres nos Estados Unidos e uma das principais causas de morte por câncer. Diagnósticos e tratamentos precoces são cruciais para melhorar o prognóstico dos pacientes. No entanto, as mamografias são menos eficazes para mulheres com menos de 40 anos, pois o tecido mamário mais denso dificulta a detecção. Além disso, os procedimentos de rastreamento e biópsia podem ser desagradáveis.
A técnica, que faz parte do campo da proteômica, permite aos pesquisadores analisar o proteoma – o conjunto de todas as proteínas em uma célula, organismo ou espécie. Comparando os perfis proteicos de indivíduos saudáveis com aqueles que têm câncer de mama, é possível identificar proteínas específicas associadas à doença.
Atualmente, os médicos utilizam biomarcadores como o antígeno cancerígeno 15-3 (CA 15-3) e o antígeno carcinoembrionário (CEA) para monitorar a resposta ao tratamento do câncer de mama. Variantes herdadas dos genes BRCA1/2 também podem aumentar a probabilidade de desenvolver câncer e atuar como biomarcadores na triagem do risco de câncer. No entanto, nenhum desses biomarcadores auxilia no diagnóstico do câncer de mama.
Os benefícios de utilizar o leite materno e o soro sanguíneo como fontes de biomarcadores são significativos. O leite materno contém proteínas secretadas, células imunológicas e células descamadas dos ductos lactíferos. Durante a lactação, a mama está ativamente trabalhando para criar leite para alimentar um bebê, e quaisquer anormalidades no leite materno refletem a situação atual do corpo. Algumas proteínas do leite materno também circulam pelo corpo e podem ser encontradas no soro sanguíneo. O soro é a parte líquida do sangue após a remoção das células vermelhas do sangue e contém todas as mesmas proteínas encontradas no sangue, menos os fatores de coagulação, permitindo que os níveis de proteínas circulantes sejam monitorados.
Com a validação desses candidatos por meio de ensaios clínicos em larga escala que incluem muitos pacientes, espera-se que essas proteínas possam ser usadas para avaliar o risco futuro de desenvolvimento da doença. Esta pesquisa abre caminho para métodos de detecção não invasivos e mais precisos, que poderiam beneficiar milhões de mulheres em todo o mundo.
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