Em um cenário preocupante, as taxas de câncer colorretal estão crescendo entre os adultos jovens, com idades entre 20 e 40 anos.
O alerta mais frequente para essa condição séria é a presença de sangue nas fezes, revela um estudo recente. A pesquisa, que analisou 81 estudos envolvendo quase 25 milhões de adultos abaixo dos 50 anos, aponta que o sangramento retal pode indicar um risco cinco vezes maior de desenvolver a doença.
Além do sangramento, outros sintomas como dor abdominal, mudanças nos hábitos intestinais e anemia são sinais de alerta que não podem ser negligenciados. Estes foram os achados publicados na revista JAMA Network Open.
A relevância dessas descobertas é amplificada pelo fato de que, enquanto as taxas de câncer de cólon e reto estão diminuindo entre a população mais velha, graças às colonoscopias regulares que detectam cânceres e pólipos pré-cancerosos, o mesmo não ocorre entre os mais jovens. Para os millennials nascidos por volta de 1990, o risco de câncer de cólon é quase o dobro, e o risco de câncer retal é quatro vezes maior em comparação com aqueles nascidos nos anos 1950. No entanto, jovens sem um histórico familiar significativo da doença não são considerados elegíveis para colonoscopias preventivas até os 45 anos.
A detecção precoce é dificultada ainda mais pela tendência dos médicos de não suspeitar de câncer em pacientes mais jovens, muitas vezes atribuindo sintomas como sangramento retal a condições benignas, como hemorroidas. Joshua Demb, epidemiologista de câncer da Universidade da Califórnia em San Diego e um dos autores do estudo, destaca que pode levar de quatro a seis meses desde o primeiro contato do paciente com um profissional de saúde até o diagnóstico final. Este atraso frequentemente resulta em um estágio mais avançado da doença, tornando o tratamento mais desafiador. A conscientização sobre esses sinais de alerta é, portanto, vital para a detecção precoce e o tratamento eficaz do câncer colorretal em adultos jovens.
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