Pacientes submetidos a quimioterapia antes e depois da cirurgia apresentaram uma sobrevida superior àquela observada em casos onde a cirurgia é seguida apenas por quimioterapia, segundo pesquisa do Yale Cancer Center e da Escola de Medicina de Yale.
Publicado em 20 de junho na JAMA Oncology, o estudo focou no adenocarcinoma ductal pancreático, responsável por 90% dos casos de câncer de pâncreas. Este tipo de câncer, notório por sua agressividade e alta mortalidade, pode se tornar a segunda maior causa de mortes por câncer nos EUA até 2030.
Os achados são particularmente promissores para os 15 a 20% dos pacientes cujos tumores são passíveis de cirurgia. A pesquisa de fase II avaliou o FOLFIRINOX modificado, um regime de quimioterapia aprovado em 2011 para câncer de pâncreas metastático, que inclui leucovorina cálcica, fluorouracil, irinotecano cloridrato e oxaliplatina.
Os participantes receberam seis ciclos do tratamento antes da cirurgia e mais seis após, com doses ajustadas para melhor tolerância, sem comprometer a eficácia, conforme demonstrado em estudo de 2016. Dos 46 pacientes que começaram o tratamento, 37 completaram a quimioterapia pré-cirúrgica e 27 tiveram remoção bem-sucedida do tumor.
A taxa de sobrevida livre de progressão em 12 meses foi de 67% para todos os inscritos, indicando um avanço considerável no manejo da doença.
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