Uma inovadora técnica de exame de sangue promete transformar o modo como as mulheres acompanham seus níveis de açúcar no sangue.
Há décadas, o exame de HbA1c é um pilar no controle do diabetes, mas sua realização ainda não é ideal, principalmente entre as mulheres.
Recentemente, o sangue menstrual emergiu como um recurso clínico promissor, capaz de revelar uma gama de condições de saúde. Estudos iniciais apontam para uma alta correlação entre os níveis de HbA1c no sangue menstrual e no sangue sistêmico, sugerindo que o primeiro pode ser um indicador confiável da saúde feminina. Pesquisas prospectivas e observacionais confirmam essa similaridade, abrindo caminho para um método mais prático e menos invasivo de monitoramento do diabetes em mulheres. A adoção de testes que utilizam o sangue menstrual pode representar um avanço significativo na detecção e no tratamento do diabetes, além de contribuir para a diminuição do estigma associado à menstruação em todo o mundo.
A aprovação do teste Q-Pad pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos trouxe uma solução que não requer agulhas para a coleta de sangue.
Desenvolvido pela médica Sara Naseri durante sua graduação na Universidade Stanford, o teste utiliza absorventes para coletar o sangue menstrual, que é posteriormente enviado para análise em uma pequena fita.
Essa abordagem pioneira está transformando a experiência de realização de exames, proporcionando resultados precisos em um prazo de 5 a 10 dias. O impacto desse avanço promissor tem sido documentado em publicações científicas, destacando a equiparação dos níveis de biomarcadores e hemoglobina glicada entre o sangue venoso e o menstrual.