O Coletivo Pink, em parceria com o laboratório Pfizer, abre neste nês as portas de um casarão centenário, localizado na Rua Bela Cintra, 954, nos arredores da Avenida Paulista, disponibilizando atividades interativas, prestação de serviços, oficinas e ciclos de debates sobre câncer de mama. A entrada é gratuita e a programação começa quinta-feira (4). Este mês é dedicado à prevenção e ao tratamento do câncer de mama e é conhecido como Outubro Rosa,
O câncer de mama é responsável por um terço dos tumores malignos femininos. Em 2014, a cada 10 mulheres diagnosticadas com a doença, duas tinham câncer de mama. Neste ano, a cada 10 mulheres com a doença, três têm câncer de mama, informa o Coletivo Pink, que desenvolve ações de prevenção e conscientização sobre a enfermidade. O Pink reúne entidades como a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), o grupo Meninas de Peito e o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama).
A possibilidade de participar de encontros presenciais com outras pacientes com câncer de mama foi citada por 61% das mulheres da capital paulista que estão em tratamento como uma importante medida de enfrentamento do problema. A conclusão faz parte da pesquisa Câncer de Mama Metastático: a Voz das Pacientes e da Família, feita pelo Instituto Provokers em nove capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre), a pedido da Pfizer, que produz medicamentos contra o câncer.
Também consideradas fonte de suporte emocional, as reuniões de família são mencionadas por 61% das pacientes de São Paulo, número que chega a 73% entre as capitais do Norte e do Nordeste. Já os encontros virtuais, por meio de comunidades nas redes sociais, são menos valorizados.
No site do projeto, o público encontra a agenda completa do mês e pode se inscrever nas atividades que precisam de reserva de horário ou têm vagas limitadas.
Direitos
Segundo o Ministério do Trabalho, o câncer de mama afastou mais de 21 mil mulheres do trabalho no ano passado. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), estima-se que neste ano mais 59,7 mil casos sejam detectados.
O Ministério do Trabalho informa que, em relação aos direitos das trabalhadoras diagnosticadas com a doença, na fase sintomática, toda trabalhadora celetista (regida pela Consolidação das Leis do Trabalho) poderá fazer o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), assim como do benefício PIS/Pasep, este no valor de um salário mínimo e que poderá ser retirado em agências da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil.
A trabalhadora também tem direito ao auxílio-doença e, em casos mais avançados, pode requerer a aposentadoria por invalidez. Caso precise de cuidados permanentes de outra pessoa, além da aposentadoria por invalidez, a trabalhadora tem direito a um acréscimo de 25% no valor do benefício, conhecido por auxílio acompanhante, conforme previsto na Lei nº 8.213/91, pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de forma vitalícia.
Além disso, é possível requerer a isenção total do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) na Receita Federal. Para ter acesso aos benefícios, a trabalhadora deve ser segurada da Previdência Social e passar pela perícia médica do INSS para comprovação da incapacidade de trabalho.