O Ministério Público pretende obrigar o Whatsapp a adotar um mecanismo que permita o direito de resposta em caso de disseminação de notícias falsas. A ação é motivada pela denúncia de Fernando Haddad (PT) que acusa a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) de espalhar informação inverídica sobre o chamado “kit gay”.
A informação foi divulgada em primeira mão pelo jornal O Globo. De acordo o veículo, os procuradores acreditam que o aplicativo é capaz de identificar a origem do boato, permitindo o direito de resposta em caso de divulgação de notícias inverídicas. Isso porque quando um vídeo se espalha, o Whatsapp registra o arquivo em uma espécie de “biblioteca virtual”.
A ação é motivada pela mensagem viralizada no Whatsapp de que o petista Fernando Haddad seria o autor do chamado “kit gay”, iniciativa abortada do Governo Federal de distribuir material contra a homofobia a escolas públicas. A defesa de Haddad entrou com um pedido ao TSE para impedir a propagação do conteúdo, afirmando que ele tem alterado a intenção de voto dos evangélicos.
O Whatsapp é a ferramenta de comunicação mais popular do Brasil, com aproximadamente 120 milhões de usuários. A criptografia de ponta a ponta e o modo de distribuição de conteúdo — que circula apenas entre contatos — dificultam a fiscalização.