Uma doença sexualmente transmissível e até então pouco conhecida pelos médicos está se espalhando rapidamente.
A Mycoplasma genitalium (MG), como é conhecida, pode se transformar em uma superbactéria resistente aos antibióticos mais fortes.
Os casos de MG ocorrem principalmente no continente europeu, mas, no Brasil, o Ministério da Saúde diz que monitora a bactéria tanto pelo aumento da prevalência quanto pelo aumento da resistência antimicrobiana.
Como no Brasil as secretarias de saúde dos Estados e municípios não são obrigadas a informar os casos, não se sabe quantas são as pessoas atingidas.
No Reino Unido, por outro lado, o quadro preocupa.
Segundo a Associação Britânica de Saúde Sexual e HIV (BASHH), as taxas de cura da doença após o tratamento com um grupo de antibióticos específicos estão diminuindo.
Ou seja, a resistência da bactéria está aumentando, mesmo quando são usados antibióticos mais fortes.
O Dr.Peter Greenhouse, especialista em DSTs, diz que o único método eficaz de evitar ser contaminado é a prevenção.
“Já é hora de o público aprender sobre a Mycoplasma genitalium. É mais um bom motivo para colocar as camisinhas nas malas durante as férias de verão – e realmente usá-las”, disse ele.
Os sintomas
A Mycoplasma genitalium é uma bactéria que pode ser transmitida por meio de relações sexuais com um parceiro contaminado.
Nos homens, ela causa a inflamação da uretra, levando a emissão de secreção pelo pênis e a dor na hora de urinar.
Nas mulheres, pode inflamar os órgãos reprodutivos – o útero e as trompas de falópio – provocando não só dor, como também febre, sangramento e infertilidade, ou seja, dificuldade para ter filhos.
A infecção, porém, nem sempre apresenta sintomas.
Além disso, os sintomas podem pode ser confundidos com os de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a clamídia, que é mais frequente no Brasil.