O incidente envolvendo Mingau, baixista da banda Ultraje a Rigor, baleado na cabeça em uma tentativa de roubo, trouxe à tona as dificuldades impostas pelos altos custos dos cuidados médicos no Brasil.
Após o ataque, Mingau foi submetido a uma cirurgia de emergência e agora se prepara para uma nova intervenção para a colocação de uma prótese craniana.
O caso de Mingau ilustra as lacunas do Sistema Único de Saúde (SUS), que apesar de ser um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, ainda enfrenta problemas de acesso e qualidade. A disparidade regional nos serviços de saúde é evidente, com algumas áreas carentes de procedimentos vitais e cobertura de medicamentos insuficiente, afetando principalmente os mais pobres.
A família de Mingau se viu diante de uma dívida de R$ 300 mil devido a honorários médicos não cobertos pelo plano de saúde, uma vez que os médicos que o atenderam não eram credenciados.
Segundo Isabella Aglio, filha de Mingau, a família contraiu dívidas devido a procedimentos que não eram cobertos pelo plano de saúde e nem estavam disponíveis pelo SUS.
Durante uma entrevista ao programa “Chega Mais”, do SBT, Isabella deu mais detalhes de como a vida família mudou.
“Eu e minha mãe estamos à frente de tudo. Ela parou a vida dela para me ajudar. Sou filha única e tenho que cuidar da vida dele. Vivemos com dificuldades, mas eu trabalho também, sou influenciadora. Dei uma pausa porque é difícil, e estamos recebendo auxílio do SBT, que ajuda muito”, admitiu a jovem.
Este incidente ressalta a necessidade de reformas no sistema de saúde para assegurar que todos os brasileiros tenham acesso a tratamentos de qualidade sem incorrer em dívidas exorbitantes. Enquanto Mingau segue em recuperação, a discussão sobre os custos dos cuidados médicos no país continua sendo um tema urgente e necessário.