Muitas pessoas buscam dietas milagrosas para emagrecer, melhorar a saúde ou prevenir doenças.
No entanto, nem todas as dietas que circulam por aí são baseadas em evidências científicas. Algumas delas, inclusive, podem ser prejudiciais ou ineficazes. Veja a seguir algumas dietas que foram condenadas pela ciência.
Dieta de baixo teor de gordura e alto carboidrato
Essa dieta foi recomendada por décadas como uma forma de reduzir o risco de doenças cardíacas, câncer e obesidade. A ideia era que, ao consumir menos gordura, especialmente a saturada, o colesterol no sangue diminuiria e, consequentemente, a saúde melhoraria. No entanto, estudos mostraram que essa dieta não tem benefícios para a perda de peso, prevenção do câncer ou redução do risco de doenças cardíacas. Além disso, ao restringir a gordura, muitas pessoas acabam consumindo mais carboidratos refinados, como pão, arroz e açúcar, que podem aumentar os níveis de insulina e inflamação no organismo.
Dieta restrita em sal
Essa dieta é indicada para pessoas que sofrem de hipertensão arterial, pois o sal pode elevar a pressão arterial. A recomendação é consumir menos de 2 gramas de sódio por dia, o equivalente a 5 gramas de sal. No entanto, essa dieta pode não ter efeito sobre os ataques cardíacos, derrames ou morte. Isso porque a pressão arterial é influenciada por vários fatores, como o peso corporal, o consumo de álcool e o estresse. Além disso, o sal também tem funções importantes no organismo, como regular o equilíbrio de fluidos e eletrólitos e transmitir impulsos nervosos.
Dieta de comer várias refeições pequenas ao longo do dia
Essa dieta é baseada na ideia de que comer várias vezes ao dia acelera o metabolismo e ajuda a queimar mais calorias. A lógica é que, ao comer com frequência, o corpo não entra em modo de economia de energia e mantém o gasto calórico elevado. No entanto, essa dieta não tem comprovação científica. O que importa para o metabolismo é a quantidade e a qualidade dos alimentos consumidos, não a frequência. Além disso, comer várias vezes ao dia pode estimular o apetite e levar ao consumo excessivo de calorias.
Dieta de evitar as gemas dos ovos
Essa dieta é baseada no medo de que as gemas dos ovos sejam ricas em colesterol e possam aumentar o colesterol no sangue e o risco de doenças cardíacas. A recomendação é consumir apenas as claras dos ovos ou substituí-los por outras fontes de proteína. No entanto, essa dieta é desnecessária para a maioria das pessoas. As gemas dos ovos são ricas em nutrientes essenciais, como proteínas, vitaminas e minerais. Além disso, o colesterol dos alimentos tem pouco impacto no colesterol do sangue na maioria das pessoas. O que afeta mais o colesterol são outros fatores, como a genética, o consumo de gorduras saturadas e trans e o estilo de vida.
Essas são apenas algumas das dietas que não têm respaldo científico. É importante lembrar que a nutrição é uma ciência complexa e que não existe uma dieta única que sirva para todos. O melhor é consultar um profissional de saúde qualificado antes de iniciar qualquer dieta.