O exoplaneta, maior que Júpiter, mas com menor massa, está a 500 anos-luz da Terra e foi descoberto em 2016. Utilizando um telescópio no Chile, foram detectados vapor de água e monóxido de carbono na atmosfera, mas a velocidade dos ventos foi a descoberta mais surpreendente.
O exoplaneta WASP-127b, um gigante gasoso com dimensões ligeiramente superiores às de Júpiter, mas com uma massa significativamente menor, foi identificado em 2016 a aproximadamente 500 anos-luz da Terra. Desde então, sua atmosfera e suas condições climáticas extremas têm despertado grande interesse entre os astrônomos. Utilizando o Telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO) no Chile, os cientistas analisaram a luz da estrela hospedeira do planeta ao atravessar a atmosfera superior de WASP-127b. As medições revelaram a presença de vapor de água e monóxido de carbono, além da velocidade desses componentes atmosféricos.
Os cientistas ficaram surpresos ao ver que uma parte da atmosfera se movia em direção ao telescópio enquanto outra parte se afastava. Isso indicava a presença de ventos supersônicos ao redor do equador do planeta, movendo-se quase seis vezes mais rápido que a rotação do planeta.
Os ventos no exoplaneta WASP-127b atingem mais de 32.000 km/h, sendo 1.000 vezes mais fortes que os do Monte Washington e 18 vezes mais rápidos que os de Netuno, os mais fortes do Sistema Solar.
A pesquisa sobre exoplanetas está avançando rapidamente, mas enfrenta limitações. Estudos climáticos como este só podem ser realizados com telescópios terrestres, pois os telescópios espaciais atuais não têm a precisão necessária para medir a velocidade dos ventos. No futuro, instrumentos maiores e mais fortes, como o Telescópio do ESO (em construção no Chile), poderão permitir a observação de climas extremos em planetas ainda mais distantes.
Essa descoberta abre novas fronteiras na pesquisa de climas extremos em exoplanetas e levanta a questão de quanto tempo esse recorde de ventos durará.
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