Os atendimentos de emergência nos seis hospitais federais do Rio de Janeiro (Servidores do Estado, Ipanema, Lagoa, Andaraí, Bonsucesso e Cardoso Fontes) aumentaram 44% entre janeiro e maio deste ano em relação ao mesmo período de 2018. Na mesma comparação, as internações tiveram elevação de 13%, os atendimentos ambulatoriais subiram 9% e o número de cirurgias 5%.
Os números foram divulgados hoje (10) pela Secretaria-Geral da Presidência da República, com base nos dados do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), do Ministério da Saúde, que acompanha, desde 23 de janeiro, a produtividade dos hospitais dentro da Ação Integrada de Apoio à Gestão dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro.
Ao todo, foram realizados 443 mil atendimentos, quase 45 mil a mais do que no período anterior. Nos cinco meses houve uma evolução de 11% nos atendimentos. Na visão da Secretaria-Geral, as emergências foram as principais responsáveis pelo crescimento nos atendimentos.
Para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Floriano Peixoto, a tendência de crescimento na produtividade dos hospitais, que tinha sido apontada no balanço dos três primeiros meses, quando foi registrado aumento de 32%, tem se mantido. “As impressões são as melhores possíveis”, disse o ministro.
Entregas
Além dos números, o ministro destacou “entregas significantes” da parceria na Ação Integrada entre os Ministérios da Saúde, da Economia, da Defesa, da Secretaria-Geral e da Corregedoria Geral da União (CGU), com apoio do Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), que tem participação dos hospitais de referência e de excelência Sírio-Libanês e Albert Einstein, de São Paulo, e Alemão Oswaldo Cruz e do Coração e Moinhos de Vento, do Rio Grande do Sul.
Peixoto disse que o diagnóstico propositivo que foi realizado em todas essas unidades federais hospitalares, com levantamento de melhores práticas e oportunidades de melhorias e implantação de um modelo de gestão baseado em indicadores e metas e parâmetros de referência.
Outro ponto destacado foi a instalação do serviço de ouvidoria nos hospitais, para que os interessados possam apresentar sugestões e reclamações de maneira mais humana, mais confortável, mais digna, “do que se dirigir à porta de um hospital para reclamar do atendimento”.
Para o ministro, foi importante a elaboração do estudo de um novo organograma, junto com o Ministério da Saúde, para contemplar todos os hospitais federais. Segundo ele, era necessário fazer um cadastramento dos funcionários de cada unidade, para que o organograma possa ser implantado.
Economia
Entre as medidas da Ação Integrada, nesse período, foi desenvolvido um processo de compras de itens de saúde e contratação de serviços. Com isso, a expectativa do ministro é obter uma economia anual de R$ 50 milhões. Floriano Peixoto disse que já existe o decreto assinado para adotar o sistema e está sendo formado um grupo de trabalho que fará o plano de transição entre o modelo tradicional e o novo modelo.
“Esse processo vai ser instalado e ao fim de dois anos todos os itens, inclusive os de maior complexidade, vão ser adquiridos de forma centralizada. Acreditamos que uma vez implantado este processo centralizado venha trazer uma economia anual de R$ 50 milhões aos cofres públicos”, disse.
Pessoal
O ministro comentou sobre a necessidade de pessoal nos hospitais, algo que já havia sido apontado no balanço de três meses da Ação Integrada. Peixoto disse que a qualidade da medicina no Rio de Janeiro sempre foi excepcional, o que está sendo comprovado nas análises que começaram em janeiro, e, agora, está sendo modernizada. A previsão é contratar cerca de 1.200 profissionais. O Ministério da Saúde está analisando a forma de contratação temporária dos profissionais.
“A necessidade de pessoal é constatada, mas vai haver uma contratação adicional de servidores para esses seis hospitais porque temos que oferecer condições aos hospitais para que eles maximizem as suas capacidades de atendimento. Me refiro à necessidade de pessoal em termos de aumentar a produtividade e a capacidade de atendimento desse hospitais, uma vez que já existe uma capacidade instalada muito elevada nesses hospitais”, disse.
Para melhorar o atendimento, o Ministério da Saúde destinou R$ 120 milhões para obras emergenciais de infraestrutura e de serviços. “Nós queremos com isso mostrar que não estamos aqui por acaso. A intenção do presidente Bolsonaro é trazer uma presença permanente que mostre a sua prioridade. Se uma das prioridades constatadas é da saúde, nada mais do que coerente do que o governo iniciar este apoio nos hospitais federais sediados no Rio de Janeiro. Assim a gente pretende melhorar os indicadores, as condições de acesso daqueles que precisam da saúde, para retornar o aspecto fundamental da condição humana que é a dignidade”, disse
Edição: Fábio Massalli