A capital mineira vive um momento de alerta em relação à pandemia de Covid-19.
Segundo dados da prefeitura, o número de casos confirmados da doença aumentou 225% entre a primeira e a última semana de outubro, passando de 1.065 para 3.465. A taxa de ocupação de leitos de UTI também subiu de 36,5% para 41,9% no mesmo período.
Uma das possíveis causas para o aumento dos casos é a circulação de uma nova subvariante da ômicron, identificada pela primeira vez na África do Sul e que já foi detectada em outros países, inclusive no Brasil. A secretaria municipal de saúde informou que essa subvariante pode ser mais transmissível e explicar o aumento da positividade dos testes, que chegou a 12,8% na última semana de outubro.
A pasta reforçou que a vacinação é a principal forma de prevenir as formas graves da doença e os óbitos, e que as pessoas devem completar o esquema vacinal com a segunda dose ou a dose única, conforme o caso. No entanto, a cobertura vacinal em BH ainda está abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, principalmente entre crianças e adolescentes.
De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado na quarta-feira (1º), apenas 57,8% das crianças de 6 meses a 4 anos receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, e 38,9% receberam a segunda dose. Entre os adolescentes de 12 a 17 anos, os índices são de 69,9% e 31,8%, respectivamente. A meta é vacinar pelo menos 95% desse público.
Para tentar aumentar a adesão à vacinação, a prefeitura realizou uma campanha de multivacinação entre os dias 21 de outubro e 4 de novembro, oferecendo a vacina contra a Covid-19 para o público de 6 meses a 14 anos, além de outras vacinas do calendário nacional. Os centros de saúde das nove regionais ficaram abertos no sábado (30) para receber os interessados.
A secretaria municipal de saúde também orientou que as pessoas mantenham as medidas de prevenção, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos. Em Santa Luzia, cidade vizinha a BH, a prefeitura determinou a volta do uso de máscaras após os casos de Covid-19 aumentarem na cidade. A orientação é para que as máscaras sejam utilizadas por pessoas em situações de risco ou vulnerabilidade, como idosos, gestantes, imunossuprimidos e portadores de doenças crônicas.