O Santos Futebol Clube, consolidado no futebol paulista, retornou ao universo dos esportes eletrônicos com a criação de sua marca própria, o Santos e-Sports, e surpreendeu o público anunciando sua primeira line-up competitiva: uma equipe feminina de CS:GO, visando participar de importantes torneios nacionais e internacionais.
As atletas que compõem o “e-Santos” são: Lara “goddess” Baceiredo, Izabella ”izaa” Galle, Julia “smile” Junqs, Letícia “Le^” Lima e TaiNARA “NARA” Torres. Elas estão sob o comando do coach Brunno “Sllayer” Silva.
Visando elevar o nível da modalidade, o Santos e-Sports investiu em estrutura e condições oferecidas às atletas, além de rotinas de treinos elaboradas, pois jogadores de videogame profissional precisam de treinamento para exercício das habilidades com disciplina semelhante a de qualquer modalidade esportiva.
Lara realizou uma transmissão de estreia na equipe nesta quinta-feira (31):
Live on! https://t.co/irc1KJJUtO pic.twitter.com/svndZf9kdp
— Larinha (@larinhagoddess) May 31, 2018
As jogadoras são veteranas no game da Valve, tendo iniciado no competitivo muito cedo, como por exemplo Letícia “Le^” Lima, que começou a jogar com onze anos, ainda na versão 1.6 do jogo. O currículo competitivo das meninas demonstra a experiência, com passagens por organizações como: Brave e-Sports, 2kill Gaming, ProGaming, Team Wild entre outras.
TaiNARA “NARA” Torres falou sobre a nova fase: “Quando recebi a proposta do Santos eu fiquei muito feliz, pois sempre quis ter uma oportunidade na qual pudesse fazer do game o meu trabalho, e é isso que o Santos está me proporcionando, me ajudando a realizar meu sonho, vou dar o meu máximo, me dedicar como nunca dediquei ao lado das minhas companheiras”.
Os objetivos da equipe são ambiciosos: em curto prazo, dentro do cenário nacional, participar da tradicional Liga Feminina da Gamers Club e de outros campeonatos do calendário feminino e misto; em longo prazo, despontar no cenário internacional.
VEJA MAIS:
– Suplementos vitamínicos e minerais não oferecem benefícios para a saúde, segundo estudo
– Camiseta Star Wars da Chico Rei raríssima volta a venda por tempo limitado
O técnico da equipe, Brunno “Sllayer” Silva, acredita que o competitivo feminino não é muito explorado na atualidade: “Recentemente aceitei o desafio de treinar pela primeira vez um time feminino e tenho percebido o tamanho do potencial inexplorado que esse cenário tem”, afirmou.
A presença feminina nos esportes eletrônicos, que para alguns é considerada pequena, na verdade vem se comprovando cada vez maior, tanto com aumento no número de atletas e equipes, quanto na audiência: um estudo da e-Sports Ad Bureau e da empresa de pesquisa Magid realizado em março de 2017, com a participação de 1.000 consumidores de 16 a 45 anos, atestou que as mulheres constituem um terço do público de e-Sports. 78% das mulheres que seguem as competições eletrônicas são novos espectadores.
O cenário competitivo profissional possui grandes estrelas mundiais, com faturamento de milhares de dólares e destaque nos mais variados jogos: Sasha “Scarlett” Hostyn, jogadora de StarCraft II, ganha cerca de US$ 270,7 mil (R$ 1,03 milhão), é um exemplo de atleta bem sucedida.
O meio também revela narradoras, apresentadoras e influenciadoras digitais, que usam redes sociais e serviços de streaming para a comunicação com o público, comentando, divulgando notícias e transmitindo jogos ao vivo, interagindo e se tornando conhecidas dentro de um nicho que aumenta a cada dia: segundo o instituito de pesquisa Newzoo, o Brasil é o terceiro maior público de eSports do mundo, ficando atrás apenas da China e EUA.