Os moradores de cidades nas regiões sudeste e centro-oeste têm sofrido com o tempo seco nos últimos meses, em especial nas últimas semanas. Nexta sexta-feira (31) e no sábado (1°), São Paulo, por exemplo, entrou em estado de atenção por causa da umidade do ar. O índice registrado na cidade esteve abaixo de 20%.
O tempo seco pode ser bom para secar as roupas no varal. É também o preferido dos aviadores, já que o céu fica mais seguro com menos variações térmicas e ventos. Mas para a saúde ele não é nada bom.
O ar seco aumenta a incidência de doenças respiratórias e de infecções virais e bacterianas. Isso porque a baixa umidade desidrata as células da pele e das mucosas.
As narinas e os olhos ficam ressecados, contribuindo para o surgimento de rinite, sinusite e conjuntivite, principalmente em crianças e idosos.
Já que não temos como mudar o tempo e a qualidade do ar, o jeito é tomar alguns cuidados com o corpo.
Passar hidratante na pele, soro fisiológico no nariz e, o principal, tomar bastante água são algumas das recomendações médicas para amenizar os efeitos do tempo seco.
Segundo a Dra. Natália Marcusso, os aparelhos umidificadores também são recomendados, mas exigem cuidado na utilização.
“Os vaporizadores de água vão aumentar a umidade do ar, mas tem que tomar muito cuidado com a higiene deles. Se você deixar água de um dia para o outro, deixar aquela água parada por muito tempo, aquilo vai acabar proliferando vírus e bactérias”, disse ela.
“A gente também aconselha colocar balde ou bacia de água no quarto, na sala, que pode ajudar bastante”, completou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal é acima dos 60%. Mas dias com umidade abaixo dos 30%, ou até dos 20%, têm sido frequentes em cidades como a São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília.
As regiões sudeste e centro-oeste têm sido as mais castigadas do país neste inverno, com longos períodos de tempo seco. A previsão é que nesta região, a situação continue assim por mais algumas semanas.