Um cão foi diagnosticado com raiva em São Paulo, após ser resgatado na região do Butantã e submetido a eutanásia.
O caso foi confirmado pelo Laboratório de Zoonoses Virais da USP, que analisou uma amostra do cérebro do animal por meio de um exame chamado PCR, que detecta a presença do vírus no organismo.
A raiva é uma doença infecciosa viral grave e letal que afeta mamíferos, como cães, gatos, morcegos e humanos. A transmissão acontece pelo contato com a saliva do animal infectado, geralmente por mordida ou arranhão. Os sintomas incluem agressividade, salivação excessiva, paralisia e convulsões.
A vacinação dos animais é a principal forma de prevenção da raiva, pois impede que eles se contaminem e transmitam a doença para outros animais ou pessoas. A vacina é gratuita e deve ser aplicada anualmente nos cães e gatos.
O cão diagnosticado com raiva em São Paulo foi resgatado no dia 31 de agosto, após apresentar sinais de agressividade e atacar outros animais. Ele foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade, onde recebeu os cuidados necessários e foi submetido a eutanásia, conforme prevê o protocolo sanitário.
O exame de PCR confirmou a doença viral no dia 4 de setembro, mas não identificou se o vírus era da variante canina ou transmitida por morcegos. Novos testes serão feitos para esclarecer essa questão, pois isso pode indicar a origem da infecção e o risco de novos casos.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que intensificou a vacinação dos animais na região do Butantã e está investigando o caso. A cidade não registrava casos de raiva em cães desde 2083, quando um cão vindo do interior do estado foi diagnosticado com a doença.
A secretaria também orienta os moradores a levarem seus animais para vacinar contra a raiva, caso ainda não tenham feito isso, e a evitarem o contato com animais desconhecidos ou silvestres. Em caso de mordida ou arranhão por algum animal, a pessoa deve lavar o ferimento com água e sabão e procurar imediatamente uma unidade de saúde.